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Programa legal

Com recreação, alimentação e até hospedagem, as colônias de férias são muito procuradas pelos pais pela diversidade de programação. Na colônia de férias da Associação dos Funcionários Públicos do Paraná (ASPP), em Matinhos, chegam a faltar vagas, tamanha é a procura no verão, o que faz com que muita gente acampe nos fundos do local.

Foi nesse ambiente que cresceram Mariana, 17, Juliana, 20, e Luana, 22, filhas do casal curitibano Maria Aparecida e José Ferrari. "Eu venho aqui desde os anos 80, para acampar e encontrar os amigos. Depois que elas nasceram, continuamos vindo. Aqui é seguro e tem muitas opções de lazer", conta Ferrari. Agora, as meninas cresceram e mais um membro da família virou frequentador da colônia, o noivo de Luana, Israel Holes. Hoje em dia, eles reservam pelo menos um dia do mês para descer a serra e curtir uma sinuca. As sobrinhas do casal, Letícia e Andreia Ferrari, de 13 e 20 anos, completam o time.

Para a psicóloga e coordenadora de Educação Infantil do Colégio Bom Jesus, Solange Dorocinski, as colônias de férias ajudam a despertar nas crianças noções de autonomia e sociabilidade, mas os pais precisam checar atentamente os serviços oferecidos, especialmente quando não podem acompanhar os fillhos. "É preciso verificar se são oferecidas atividades culturais, esportivas e de recreação, se há um monitor que cuide integralmente das crianças e se há um roteiro de atividades", orienta.

Além disso, é preciso repassar à supervisão a ficha médica da criança e conferir se os profissionais que atuam na colônia têm formação adequada para esse trabalho, como educadores físicos, pedagogos e psicólogos.

  • O jogo de cartas de Natália e Talita Beltrame e Cassia Crozatto
  • A turma do futebol: Francisco, Nathalia, Vinícius, Giulia e Sophia
  • Flagrante de brincadeira na praia
  • A família Ferrari unida na foto e no jogo de sinuca na colônia de férias em Matinhos
  • Confira as dicas da coordenadora da ONG Criança Segura

Quando não dá para estender a brincadeira na praia ou andar mais um pouco de bicicleta, o jeito é levar a diversão para o quintal ou para dentro de casa. E é justamente para essas horas que a pedagoga e diretora do Centro de Educação Infantil do Colégio Dom Bosco, Maria Lúcia Castellano, sugere a realização de brincadeiras bem simples, boas para mexer o corpo e a cabeça. "Revistas velhas e folhetos viram quebra-cabeças, jogos da memória e até bijuterias – feitas com tiras de papel e barbante. Dá para fazer um teatro de sombra com as mãos, um lençol, uma lâmpada e uma boa história. Para colocar a cabeça para funcionar, jogos em geral, como damas, xadrez e dominó, e livros de histórias – bem-vindos até nas férias", diz a pedagoga.Na casa das irmãs Adriana Silvestre Marra, enfermeira, e Lisandra Silvestre Camargo, dentista, que moram em São Paulo e passam as férias em Caiobá, dias com chuva ou sol forte não são problema. Opções de brincadeira não faltam para a galerinha considerável, formada pelos primos Gustavo, 11 anos, Giulia, 9, as gêmeas Nathalia e Sophia, 8, Pedro, 7, Vinicius, 3, Breno, 11, e Francisco, 7. Há desde revistas de colorir até futebol. "Ficamos com eles em tempo integral e é preciso criatividade e disposição para cuidar de tanta criança junta. Mas o sentido das férias é esse: ficar junto", conta Lisandra. As férias, na opinião da pedagoga e orientadora de Ensino Fundamental do Colégio Positivo, Maria Fernanda Suss, são feitas para o descanso, mas, sobretudo, para passar o tempo com a família. "Nesse período, os filhos devem ser a prioridade, já que os pais, na rotina diária, têm pouco tempo para dar a atenção que eles merecem", comenta. E o que fazer quando eles – os pequenos – reclamam do calor e insistem em brincar com água? Piscinas, banho de esguicho e armas com água estão liberados. Esse último brinquedo, aliás, é o preferido do pequeno Matheus Crozatto, de 2 anos, que monta e carrega o equipamento com bastante água para "estragar" a brincadeira da irmã Cássia, 6, e das primas Talita e Natália Beltrame, de 7 e 11 anos, que adoram jogar cartas e pintar enquanto o sol não volta em Caiobá. As mães, Rosa Crozatto e Rosail Beltrame, pedagogas de Ivaiporã, região central do Estado, observam tudo de perto, já que brincadeira com água exige cuidado redobrado. Mais atenção ainda para mediar a reclamação das meninas, depois de serem alvejadas por Matheus. "A dica é instruir os mais velhos a ensinar as brincadeiras para os mais novos", diz a pedagoga Maria Lúcia.Na praiaNa mala do pequeno Leonardo, 2 anos, não pode faltar o tradicional balde com pás e moldes de areia. A mãe, a professora curitibana Rosângela Thomaz, que passa as férias em Matinhos, conta que o filho ainda está aprendendo a conviver com a água e prefere ficar na areia fazendo castelos. "Ele adora brincar com areia e, aos poucos, vai perdendo o medo da água", conta. Para os maiores, a pedagoga Maria Fernanda Suss sugere atividades lúdicas, como pipa, bicicleta, jogos com bola e esconde-esconde. Banhos de mar com pranchas são outra boa diversão. A preferida, aliás, do curitibano Luis Felipe Otero, 11 anos, que treinava na última terça em Matinhos. O pai, o técnico em balanças Paulo Otero, fica de olho. "Ele sempre gostou de prancha. Tenta pegar uns jacarés, mas geralmente o mar leva a melhor", diverte-se. Para a pedagoga, essa cumplicidade é essencial. "Estar com o filho é importante não só para monitorar o que ele está fazendo, mas para fortalecer a relação."

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