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Temporada estendida

Um longo veraneio caiçara

Veranistas aproveitaram o sol ontem, na praia de Caiobá: entre os milhares de turistas que desceram a serra, muitos têm casa no Litoral e pretendem estender a estada com a família até fevereiro | Jonathan Campos/ Gazeta do Povo
Veranistas aproveitaram o sol ontem, na praia de Caiobá: entre os milhares de turistas que desceram a serra, muitos têm casa no Litoral e pretendem estender a estada com a família até fevereiro (Foto: Jonathan Campos/ Gazeta do Povo)
A farmacêutica Vanessa Albuquerque (ao centro) fez muitos amigos no Litoral, entre eles Giovanna (de biquíni) e Cláudia |

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A farmacêutica Vanessa Albuquerque (ao centro) fez muitos amigos no Litoral, entre eles Giovanna (de biquíni) e Cláudia

Para a maioria dos veranistas, a temporada na praia dura uma semana ou dez dias. E é tempo suficiente para começar a sentir saudades de casa, da família e da vida rotineira. Como aqueles que possuem casa no Litoral e podem se dar ao luxo de passar até dois meses à beira do mar resolvem esse problema? Transferem a família e a casa para o outro lado da serra, como mostram os repórteres Osny Tavares e Rodrigo Batista:

Vinte temporadas consecutivas de praia

São vinte temporadas de verão seguidas na praia mansa de Caiobá. O casal Geraldo Albu­­querque, engenheiro civil, e Vanessa Albuquerque, farmacêutica, moradores de Curitiba, possuem um apartamento próximo à praia e não deixam de passar um só verão no Litoral. Na temporada 2011/2012, eles chegaram a Matinhos no Natal e pretendem ficar até o dia 2 de fevereiro. "Antes nós passávamos mais tempo aqui e gostaríamos que continuasse assim. Mas o calendário escolar dos filhos mudou muito e precisamos nos adaptar", explica Vanessa.

Mesmo com tantos anos seguidos de verão no mesmo lugar, eles não perdem a oportunidade de deixar a capital paranaense por um longo período e desfrutar da tranquilidade ao lado da família.

Para passar tantos dias no Litoral sem perder o ânimo, o casal faz o que mais gostaria de fazer durante todo o tempo em que está na capital: conviver com amigos e parentes por mais tempo. Com tantos anos à beira-mar, as amizades renderam. Uma delas veio do andar de cima do edifício em que o casal mora. Trata-se da empresária argentina Cláudia Dedini, moradora de Curitiba há 30 anos, que também passa quase toda a temporada de verão ao lado da filha, a estudante Giovanna Dedini. "Em Curitiba quase não temos tempo para nos encontrar e conversar. A praia é o lugar ideal para isso", disse Cláudia.

Caso chova durante o período de férias, o grupo tem a solução: conversar na sacada, ler um livro ou assistir a um filme já vale a pena para as duas famílias. "Trago em média cinco livros para ler por temporada, principalmente romances", comenta Vanessa. (RB)

CaiobáConforto e encontro com parentes

Quando o casal de comerciantes Sergio Bertoja, de 52 anos, e Rozangela Spack, 50, transferiu o controle da loja de vinhos de Campo Largo para um funcionário, descobriu as recompensas de uma vida em baixa velocidade. Gozando da aposentadoria, eles passaram a organizar longas estadas no balneário de Caiobá. Sérgio e Rozangela chegam na terceira semana de dezembro, antes do Natal, e permanecem até o carnaval.

"Gostamos dessa rotina. É mais calmo, mas não muito...", pondera Sergio, apontando a fila de carros que se forma na rua em frente ao edifício. Já Rozangela avalia que o movimento intenso não chega a ser um incômodo, e sim uma forma de distração. "Ficar olhando os outros é um passatempo divertido", brinca ela.

O apartamento do Litoral, que mede 180 m² e tem três quartos, foi montado para que a família possa replicar o mesmo padrão de conforto da casa "de inverno". Outro fator a motivar a permanência é a constante visita de familiares, que se alternam ao longo do verão. Além disso, o apartamento do casal fica na mesma rua do imóvel do irmão e a meia quadra da propriedade do pai. "Já fica combinado que às 5 da tarde nos encontramos na praia, debaixo de uma palmeira", conta Sergio. (OT)

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