Equipe da Sanepar trabalha no conserto de tubulação no litoral| Foto: Sanepar/Divulgação

O ano é novo, mas a falta d’água - problema antigo no Litoral paranaense - já voltou para assombrar os veranistas no estado. A primeira segunda-feira (2) de 2017 foi marcada por torneiras fechadas em Matinhos e em balneários de Pontal do Paraná. A Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) informou que a situação, iniciada na madrugada, foi provocada por um vazamento em uma adutora, que leva mais da metade da água captada do Rio das Pombas até a estação de tratamento da Praia de Leste.

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O conserto foi finalizado por volta das 10 horas desta terça-feira (3), mas a Sanepar ainda calculava que o reabastecimento de todas as áreas afetadas deveria levar mais algumas horas. A previsão é que o cenário se normalize até o fim do dia. Na madrugada de domingo (1º), a mesma estrutura já havia rompido e sido reparada na sequência.

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Segundo a Sanepar, após o conserto da tubulação rompida, equipes da companhia ainda estão abrindo os registros de forma gradual. A medida tem como objetivo evitar que a rede se rompa novamente.

Com os problemas na adutora, a estação de tratamento de Praia de Leste passou a receber água somente por uma tubulação. A produção foi reduzida de 580 para 270 litros por segundo.

Conforme a companhia, o sistema de abastecimento de Matinhos e de Pontal do Paraná ainda conta com a Estação de Tratamento de Matinhos, que produz 150 litros de água tratada por segundo. Com menos água sendo tratada, no entanto, a pressão na rede de distribuição foi reduzida. Isso causou desabastecimento em imóveis de Albatroz, Canoas, Caravelas, Costa Azul, Currais, Betaras, Flamingo, Flórida, Gaivotas, Ipacaray, Ipanema, Marajó, Monções, Perequê, Praia Grande, Riviera, Santa Etienne, Shangrilá, Solimar e nas regiões vizinhas a estes bairros.

A companhia pede que os usuários, ao perceberem problemas no abastecimento dos imóveis onde estão, entrem em contato pelo telefone 0800 200 0115. Ao ligar, é necessário ter em mãos a conta de água ou o número da matrícula da ligação do imóvel.

Situação provoca prejuízos

Quem já estava há 24 horas sem água avaliou a condição como sinônimo de prejuízos. Em Shangrilá, Cláudio Honorato de Souza, dono de restaurante no balneário, não conseguiu abrir o estabelecimento à noite, na segunda-feira (2), por causado problema. “Deixamos de faturar muito com isso”, conta ele.

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Nesta terça, para não perder a clientela e não gastar todo o estoque da caixa d’água, a alternativa foi servir bebidas em copos descartáveis.

Na casa onde o estudante de jornalismo Pedro Henrique Colatusso, 20, está, também em Shangrilá, o banho teve de ser sacrificado, apesar do calorão. “A falta de água atrapalhou bastante, principalmente por não ter sido divulgada a tempo. As pessoas foram utilizando a água e só se notaram o desabastecimento quando as caixas d’água esvaziaram”, lamenta.

O comerciante Valdir Messias, 45, planeja adiantar o retorno para Curitiba por causa da situação. Hospedado em Ipacaraí, entre Matinhos e Praia de Leste, ele já perdeu as contas de quantas vezes precisou entrar em contato com a Sanepar, sem sucesso. “Ontem (segunda), diziam que a água voltava 12 horas. À tarde, que voltava 21 horas. Hoje, era para ser 12 horas. Porém, nada de retorno”, comenta. Ele está tendo que comprar água mineral para dar banho nas crianças.