Apesar do tempo nublado, o litoral paranaense começou a receber os primeiros veranistas que planejam passar a semana de Natal nas praias. Segundo Luiz Roberto Vivi, gerente da Apolar Imóveis de Caiobá, quem procura casas nesse período são mais as famílias, que gostam de mais calma e menos barulho. "Já no ano-novo, vem quem gosta mais de barulho mesmo." Ele diz que essa característica se refletiu em uma procura menor. Para os dias de Natal, a imobiliária fechou a locação de dez imóveis, enquanto para o revéillon foram cerca de 70.
A família da comerciante Luciana Medeiros, de Curitiba, optou em ir para Caiobá nesse período justamente para evitar o movimento mais intenso do ano-novo. "Como viemos com três crianças, todas pequenas, preferimos evitar momentos com a praia mais cheia, quando podem acontecer mais problemas e o barulho é muito forte", explica.
Ela conta que trouxe todos os itens para a ceia de Natal de Curitiba. "Vamos fazer um peru e uma farofa, os clássicos. O mais importante é passar o Natal em família e com amor, não importa a cidade."
A família do farmacêutico Licínio Madeira de Jesus Júnior e da professora Joselaine Pesteana da Cunha também está em Caiobá para o Natal e se prepara para ir embora no dia 27. "Foi o período que conseguimos juntar a família e vir junto", diz Joselaine. Eles vieram de Umuarama, Maringá e Londrina, mas esperavam um movimento maior. "Tem pouca gente e algumas coisas, como o caixa eletrônico, não estão funcionando", diz Licínio.
Comércio
Apesar da chegada dos veranistas, o movimento no comércio de areia ainda é pequeno. A vendedora de pastel Clementina Dias Garvin diz que, com a chuva, poucas pessoas vão para a praia. "A maioria fica até começar a chover e depois vai embora, então temos pouco serviço", explica. "Época de ano-novo e carnaval são as melhores. O pessoal se preocupa menos com o clima e vem para a praia com sol ou com chuva."
Já as lojas do centro de Matinhos têm mais movimento. Com a chuva, os veranistas vão passear pelo comércio de rua. Segundo Rayond de Freitas, dono de uma loja de roupas, as peças mais procuradas até agora foram biquínis e saídas de banho. Já o bufê de sorvetes Calçadão atende cerca de 200 pessoas por dia, mas espera um movimento maior. "A maioria das pessoas começa a vir no dia 26", diz Marcelo Filietaz, dono do negócio.
