Os veranistas devem ter cuidado com a conjuntivite no verão. Nesta época do ano os casos da doença crescem. Caso tenham algum sintoma, como olhos vermelhos e coceira, devem procurar um oftalmologista. A conjuntivite pode ser infecciosa (quando é causada por bactérias, vírus ou fungos) ou alérgica (ocasionada por ácaros ou algo que cause irritação dos olhos).
"Em primeiro lugar é preciso alertar sobre os riscos da automedicação. A pessoa não sabe qual é o tipo de conjuntivite que tem e por isso não pode utilizar colírios que foram prescritos para terceiros. Isso pode prejudicar a pessoa", afirma o oftalmologista Otávio Siqueira Bisneto, do Hospital Evangélico e do Hospital de Olhos do Paraná.
De acordo com o médico, a conjuntivite viral é transmitida com mais facilidade para outras pessoas, e o tratamento é mais lento. Além da vermelhidão dos olhos, outros sintomas são a sensibilidade ao sol, olhos lacrimejantes e visão turva. Quando a doença é causada por bactérias há secreção amarelada e pus.
Já a conjuntivite causada por fungos é mais rara. O oftalmologista explica que acontece com pessoas que tiveram acidentes nos olhos com madeira, uma vez que esse material tem grande quantidade de fungos. Pode acontecer também com pessoas que utilizam lentes de contato, pois o fungo pode se instalar nesse local.
Siqueira Bisneto alerta que é preciso ter cuidado com a higiene das piscinas. "A colocação de cloro na água pode evitar que essa e outras doenças se espalhem na água", explica o médico. Apesar do alerta, o médico que afirma os veranistas não precisam suspender os banhos de piscina. "Tenha cuidado para não tocar nos olhos de alguém que esteja com inflamação", completa. O oftalmologista ressalta ainda que não se pega conjuntivite nadando no mar, por causa da constante renovação da água.
O médico destaca que os principais cuidados que o veranista tem que ter estão relacionados com a higiene, tais como lavar constantemente as mãos, evitar tocar nos olhos e nunca compartilhar objetos pessoais (como toalhas e fronhas).
