Vídeo| Foto: TV Paranaense

O vereador Joaquim Gonçalves de Oliveira (PMN), conhecido como Oliveira da Ambulância, foi novamente preso na manhã de ontem. Ele responde a processo sob a acusação de espancar e acorrentar o enteado de 9 anos. O parlamentar foi detido dentro da Câmara Municipal de Colombo, na região metropolitana de Curitiba (RMC), e encaminhado para o Centro de Triagem de Piraquara. A primeira prisão de Oliveira ocorreu no fim de janeiro, dia da agressão. Ele foi solto em 1.º de março por força de uma liminar.

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O novo pedido de prisão preventiva, que revogou a liminar, foi concedido pela juíza do Fórum de Colombo, Mila Aparecida Alves da Luz, a pedido do promotor de justiça da cidade Humberto Eduardo Pucinelle. A reportagem procurou o promotor, que prefere não comentar o caso. A assessoria do Ministério Público informou apenas que o promotor pediu a prisão com base nas provas do processo.

Outro motivo seria a denúncia de que uma advogada teria procurado a ex-mulher do vereador, Adinir de França, de 33 anos, mãe do menino agredido, e teria feito ameaças para que, em juízo, ela mudasse seu depoimento – caso contrário não receberia mais a pensão do menino.

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A denúncia foi feita pela presidente do Conselho Tutelar de Piraquara, Maria Eliete Darienso, que atendeu o menino após a agressão. Ameaçada ou não, Adinir perante a juíza de Colombo mudou a versão dada na delegacia. Ela contou que o filho foi agredido por outras crianças na rua e que ela própria colocou a corrente no tornozelo do filho para que o menino não fugisse. Entretanto, na delegacia, disse que Oliveira teria chegado com o menino de carro e que a criança apresentava sinais de ter sido agredida. Contou ainda que foi Oliveira quem pegou uma corrente do portão e colocou na criança com um cadeado.

Além do processo criminal, que responde pelo crime de tortura, Oliveira enfrenta o processo movido pela Câmara Municipal de Colombo, que apura se o vereador quebrou ou não o decoro parlamentar. Hoje será encaminhado à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara o parecer da Comissão de Ética. Se o parecer for pela cassação, caberá aos demais vereadores votarem em plenário pela perda ou não do mandato.