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Um vereador de Palmas, na região Sul do Paraná, foi preso na manhã desta segunda-feira (29), acusado de estuprar uma estudante de 14 anos. O crime teria ocorrido em outubro de 2008 e a prisão preventiva de Vanderlei Roberto Silva (PSDB) foi solicitada pela Promotoria de Justiça da cidade no último dia 22 e posteriormente acatada pela Justiça. Iotânia Ferraz de Campos, uma mulher que conhecia a vítima e é acusada de participação no crime, também foi presa. O vereador nega as acusações e afirma ser vítima de uma armação política.

De acordo com a promotora Danielle Garcez da Silva, que assina o pedido, Iotânia teria levado a adolescente até um motel da cidade, com a desculpa de que lá ela conseguiria um emprego. No local, a menina teria sido empurrada para dentro de um quarto e trancada na companhia de Silva, que teria cometido o abuso sexual. Ainda segundo o Ministério Público do Paraná (MP), o vereador dizia que se ela viesse a contar o ocorrido para alguém "faria da sua vida um inferno, inclusive prejudicando sua família".

A menina relatou a ocorrência aos pais, que procuraram a polícia. Um laudo médico confirmou que houve conjunção carnal na data do suposto crime. A partir dos indícios, a Justiça da Comarca acatou o pedido e determinou a prisão de Silva e Iotânia. A prisão dos dois foi realizada por uma equipe do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), do MP, e os dois foram encaminhados à Delegacia de Palmas.

Segundo a promotora responsável pela denúncia, ao longo de toda a investigação policial, o vereador negou as acusações. No pedido de prisão, Danielle sustenta, entretanto, que o acusado "tem grande capacidade de, em liberdade, intimidar testemunhas e dificultar a coleta de provas".

Defesa

O advogado Joair Ribas de Mello, que faz a defesa do vereador Vanderlei Roberto Silva, afirmou que está providenciando um pedido de revogação da prisão ao juiz de Palmas. "O vereador Vanderlei nega terminantemente esses fatos. Segundo a denúncia do MP, o estupro teria ocorrido na época das eleições, em outubro de 2008. O vereador concorria à reeleição e ganhou, mas somente agora no início de maio apareceu essa denúncia", explicou Mello.

Segundo o advogado, a denúncia teria o objetivo de desmoralizar o vereador. "Ele (o vereador) acredita que isso tenha sido uma armação política", disse. Além do pedido de revogação da prisão, o advogado vai entrar com um pedido de habeas-corpus no Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR). "No máximo amanhã (terça-feira, 30) vamos entrar com um habeas-corpus", definiu. A prisão preventiva pode durar até 81 dias.

O delegado titular de Palmas, André Luiz de Oliveira Vilela, não foi encontrado para falar sobre a investigação. Silva, também conhecido como Cabrito, foi reeleito para o cargo de vereador, em 2008, com 715 votos.

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