Campo Mourão – Depois de apresentar um projeto de lei que permite o abate de pombos em Campo Mourão, no Centro-Oeste do estado, o vereador Eraldo Teodoro de Oliveira (PMDB) causou polêmica ao sugerir o uso de câmaras de gás como forma de controle das aves. A sugestão, feita em um documento encaminhado à prefeitura ontem, chocou a Sociedade Protetora dos Animais.

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Na última terça-feira, a Câmara de Vereadores aprovou o projeto que prevê a criação de um programa de prevenção e controle de pombos e andorinhas na cidade. Na justificativa, o vereador diz que as aves, além de transmitir doenças à população, por meio das fezes, causam danos aos proprietários de veículos e sujam as praças e avenidas da cidade. O projeto aguarda a sanção do prefeito.

A proposição foi aprovada sem um estudo da quantidade de pombos existentes e do número de pessoas doentes na cidade por causa das fezes das aves. "Como não há informações do impacto dos pombos na saúde pública, os dados de um município paulista servem de alerta. O levantamento da quantidade de pombos pode ser feito a olho nu pelo excesso de aves da cidade", afirma Oliveira, que diz destruir todos os ninhos de pombas que encontra em sua residência.

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Quem não gostou nada disso foi a presidente da Sociedade Protetora dos Animais, Elvira Maria Schen Lima. "Além dos vereadores não procurarem a entidade para debater o assunto, não será dessa forma que os problemas da cidade serão resolvidos. Se há um excesso de pombos é sinal de que o seu predador foi extinto pelo próprio homem", diz ela, que desconhece qualquer estudo sobre a quantidade ou prejuízos causados pelas pombas rolinhas ou amargozinhas, como são conhecidas. "Se há um excesso das aves, a saída é encontrar uma alternativa que não prejudique o meio ambiente. Não vai resolver eliminar tudo que causa possíveis problemas na cidade", critica Elvira.

De acordo com ela, a medida de eliminação das aves teria justificativa, em partes, caso houvesse comprovação por órgãos competentes de danos causados pelos pombos. "Antes de qualquer atitude, o município deve consultar biólogos para encontrar uma solução plausível a todos."