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ONG luta contra a corrupção

A Transparência Brasil é uma organização não-governamental (ONG) em atividade desde 2000 que tem como objetivo o combate à corrupção. É associada à Transparency International (TI), ONG que faz, no mundo inteiro, pesquisas sobre percepção da corrupção, entre outros estudos. É a primeira vez que a Transparência Brasil faz um levantamento sobre o custo do Legislativo brasileiro. A ONG registrou que teve dificuldade para obter orçamento de 2007 em cinco estados – Alagoas, Mato Grosso, Rio de Janeiro, Sergipe e Tocantins – e de 12 capitais. Mas Curitiba não foi uma delas. O estudo completo está no site www.transparencia.org.br.

Os vereadores curitibanos custam, para cada morador da cidade, mais do que o dobro do que o brasileiro desembolsa por meio de impostos, em média, para sustentar os deputados federais. Os vereadores da capital custam, em média, R$ 38,57 para cada curitibano, anualmente. Já os deputados federais custam apenas R$ 18,14 para cada brasileiro. Os parlamentares municipais também são 42% mais "caros" do que é um deputado estadual para cada paranaense (gasto de R$ 22,10 por habitante).

Os dados são de um levantamento divulgado ontem pela organização não-governamental Transparência Brasil. O estudo foi baseado nos orçamentos dos parlamentos federal, estaduais e municipais divididos pelo número de habitantes que cada esfera legislativa representa.

O Legislativo de Curitiba é o décimo mais caro dentre as capitais brasileiras em valores proporcionais. Por ano, a Câmara Municipal da capital paranaense recebe 5% do orçamento anual do município, que neste ano é de R$ 3,09 bilhões. Para a Câmara estão destinados R$ 69 milhões, o que dá um valor de R$ 38,57 por habitante. Mesmo não sendo a Câmara mais cara do país para seus habitantes, proporcionalmente um vereador curitibano custa mais do que um vereador de São Paulo (SP), de Salvador (BA) ou de Fortaleza (CE), por exemplo.

O presidente da Câmara de Curitiba, João Cláudio Derosso (PSDB), diz que o valor utilizado na pesquisa é o repassado e não o utilizado. "Não usamos tudo. Este ano deve ficar em 4%. Devolvemos para os cofres públicos perto de R$ 1 milhão por ano", diz Derosso.

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