Maringá - A Câmara dos Vereadores de Maringá, no Noroeste do estado, aprovou na terça-feira um projeto de lei que autoriza a implantação de redutores de velocidade nas vias públicas, cinco metros antes das faixas de segurança para pedestres. O projeto ainda depende de sanção do prefeito Silvio Barros.
Horas antes de começar a sessão, o Serviço Integrado de Atendimento ao Trauma em Emergência (Siate) atendeu o caso número 315 de atropelamento neste ano na cidade. Apesar de campanhas de conscientização, o número já é superior ao do ano passado. A dois meses e meio do fim do ano, a média na cidade já ultrapassa um atropelamento por dia. De acordo com a Secretaria Municipal dos Transportes (Setran), em 2007 foram registrados 312 atropelamentos em Maringá 14 deles com o pedestre caminhando sobre faixa de segurança.
"Gradativamente os motoristas estão aprendendo a parar antes da faixa, mas os pedestres também devem saber utilizá-las. É um dever de todos", avalia o diretor da Setran, Gilberto Purpur. Segundo ele, em Maringá existem mais de mil pontos com faixas de segurança, sem contar os cruzamentos com semáforos. A instalação de lombadas não está descartada. "O Código de Trânsito Brasileiro estabelece critérios para a implantação de lombadas ou redutores, se os parâmetros forem atendidos serão mais uma forma de prevenção de acidentes", diz Purpur.
O custo de instalação dos redutores de velocidade, chamados de "tachões", segundo a Setran, é de R$ 1 mil por via pública, com mão de obra e material inclusos. Para instalar os tachões em todos os pontos com faixas de pedestres seria necessário mais de R$ 1 milhão. "O mais prudente a ser feito é uma análise para que, caso a lei seja oficializada pelo prefeito, seja implantado os redutores em pontos de maior tráfego", afirma o diretor da Setran.
Mas não são todos que aprovam os redutores de velocidades. A Ouvidoria Municipal tem recebido queixas a respeito dos taxões. Seguindo com o diretor da Ouvidoria, Marlos Marcelino de Almeida, há reclamações de que em alguns pontos da cidade onde foram instalados os taxões surgiram rachaduras e fissuras nas paredes de casas próximas. "Após a reclamação acionamos os engenheiros da Setran, que comprovaram que as rachaduras foram em conseqüência dos tachões, por causa do grande impacto que veículos de grande porte causam nas vias", disse.