Apucarana Dois adolescentes (um de 16 e outro de 17) foram apontados pela Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) como os responsáveis pelo assassinato do professor e chefe do Núcleo Regional de Educação de Apucarana, Roberto de Oliveira Santos, 57 anos. O corpo do professor foi encontrado na manhã do domingo passado, na sede do núcleo.
Segundo a Sesp, os dois adolescentes teriam matado o professor para roubar R$ 90 e levar seu carro, um Audi A3, ano 2002. O automóvel estaria "encomendado" por um receptador, mas após o crime a dupla resolveu abandoná-lo. Ambos já tiveram pedido de internamento por 45 dias autorizado pelo promotor Gustavo Fernandes Marinho e pelo juiz Katsujo Nakadomari
A versão divulgada, porém, ainda está gerando questionamentos de moradores da cidade. Ontem, jornais, rádios e sites da cidade receberam e-mails e telefonemas, cobrando mais esclarecimentos em relação às circunstâncias do crime. A principal dúvida é gerada pela presença do professor, após as 21 horas de um sábado, na sede do Núcleo Regional de Educação, em companhia de dois adolescentes.
O Instituto de Criminalística (IC) de Londrina, por meio do perito que fez o levantamento do local do crime, revelou que não havia vestígio de luta corporal e nem arrombamento de portas ou janelas. "Pelo laudo do perito ficou claro que os autores do crime entraram com permissão da vítima", informou o engenheiro Luiz Noboru Marukawa, chefe-adjunto do IC.
Em quatro dias a polícia apreendeu seis adolescentes e deteve dois rapazes de 22 e 20 anos, todos suspeitos de participação no crime. Agora, familiares dos apreendidos e presos cobram das autoridades informações sobre a suposta conduta irregular do falecido professor, que era bastante conhecido em Apucarana.
O professor foi golpeado e morto com dez facadas no tórax e pescoço na noite do dia 9, por volta de 21h30. Seu corpo só foi encontrado na manhã seguinte, pela irmã, Sílvia Aparecida de Oliveira Santos, que deu pela falta dele, que era solteiro e morava com ela. Nos últimos três dias, os delegados da 17.ª Subdivisão Policial de Apucarana, bem como oficiais do 10.º Batalhão da Polícia Militar, que participaram das investigações, foram impedidos de dar entrevistas sobre o caso.
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