Uma portaria publicada ontem oficializa o trecho de 6,3 quilômetros da Avenida Sete de Setembro, entre a Praça do Japão e a Rua Mariano Torres, como a primeira Via Calma do Brasil. O objetivo da mudança é estimular o trânsito compartilhado entre veículos e bicicletas, com velocidade máxima de 30 km/h. Em teste desde o início de junho, a Via Calma é avaliada positivamente pela administração municipal, que já desenvolve projetos de ampliação. A Avenida João Gualberto, entre o Passeio Público e o Terminal do Cabral, deve ser o próximo trecho a receber a intervenção.
De acordo com Antonio Miranda, coordenador do programa cicloviário do Ippuc, a experiência da Via Calma é fantástica porque conseguiu atender a uma demanda dos ciclistas e manter outros elementos do tráfego. "Temos os estacionamentos, que atendem aos interesses de comerciantes e moradores, o ciclista tem o espaço adequado para circular e compartilha o local com o automóvel", avalia.
A orientação aos usuários da via será contínua, garante o coordenador de mobilidade urbana da Setran, Danilo Herek. "A faixa é preferencial ao ciclista, não exclusiva. O automóvel poderá circular por ali eventualmente, para acessar um lote ou desviar de outro carro", esclarece. A fiscalização da prefeitura vai concentrar no respeito ao limite de velocidade, que foi reduzido de 40 km/h para 30 km/h.
Mais vias
O teste de pouco mais de um mês da Via Calma da Avenida Sete de Setembro acabou indicando caminhos para alterar outros projetos em desenvolvimento, como é o caso da Avenida João Gualberto. "Já tínhamos o projeto pronto, mas sentimos a necessidade de fazer alguns ajustes", explica Miranda. O principal ponto de ajuste é o trecho que vai do Edifício Delta até o Passeio Público. "No fim do expediente, o volume de carros aumenta muito e o ciclista não teria Via Calma coisa nenhuma", ressalta. Para isso, está sendo estudada a implantação de uma ciclovia unidirecional, junto da canaleta.
A empresa que está fazendo a avaliação topográfica desta e de outras áreas já foi contratada e deve entregar o levantamento em 90 dias, até o início de outubro. "Se em um prazo de 30 dias nós conseguirmos adequar o projeto e tiver orçamento, podemos implantar ainda neste ano, mas acho difícil. Esse trecho é maior, mais longo, provavelmente no primeiro semestre do ano que vem tem mais chance de ser implantado", diz.
Outra possibilidade de implantação do modelo acalmado é no trecho entre as ruas Presidente Taunay e Eduardo Sprada, que está incluído no pacote de obras do PAC da Mobilidade. O BRT do eixo Leste-Oeste tem previsão de via acalmada, mas depende da liberação da verba pela Caixa Econômica e licitação da obra.
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