Integrantes da Via Campesina, entidade que reúne diversos movimentos sociais, entre eles o MST, realizaram um ato político na manhã desta quarta-feira (22) na fazenda invadida da multinacional Syngenta Seeds, em Santa Tereza do Oeste, no Oeste do Paraná. A manifestação, que teve até a apresentação de uma peça de teatro, serviu para criticar as empresas que pesquisam sementes transgênicas.
Cerca de 800 sem-terra permanecem sobre a propriedade da Syngenta, invadida na semana passada. Nesta quarta, eles abriram as portas da fazenda para a impressa. O objetivo foi mostrar que não houve nenhum tipo de dano no local. Os funcionários ainda estão impedidos de adentrarem no campo.
O ato contou com a participação de integrantes da Via Campesina que participam dos fórums sobre biodiversidade, que estão sendo realizados em Curitiba.
Invasão
Mesmo com uma determinação judicial determinava que a desocupação até terça-feira (21), os integrantes afirmam que não irão sair enquanto o Ibama não lacrar toda a fazenda. Pela decisão judicial, caso não deixassem o centro de pesquisas, os invasores pagariam multa diária de R$ 100 por pessoa.
Por estar localizada a seis quilômetros do Parque Nacional do Iguaçu, a empresa não poderia estar fazendo plantios de soja transgênica. Segundo o Ibama, este tipo de experimento deve ser realizado a uma distância superior a dez quilômetros. No local, são realizados desenvolvimentos de diversos tipos de sementes, entre elas de soja e trigo.
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