A Auto Viação Marechal não opera no sistema de transporte coletivo de Curitiba desde maio deste ano. O serviço prestado pela empresa passou para a Transporte Coletivo Glória. Ambas empresas fazem parte do consórcio Pontual, um dos três que firmaram contrato com o poder público em 2010, após licitação do transporte coletivo da capital.
Segundo a Urbanização de Curitiba (Urbs), o pedido do grupo empresarial que administra o consórcio ocorreu em 3 de fevereiro e, após análise jurídica, foi aprovada em abril a mudança da gestão das linhas.
Ainda conforme a Urbs, a mudança estava prevista em contrato e o trâmite cumpriu a determinação legal. O órgão informa ainda que as 50 linhas que eram de responsabilidade da Urbs, segundo o site do órgão, não sofreram nenhuma mudança no serviço prestado.
A mudança foi oficializada pelo Sindicato das Empresas de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Setransp) no dia 17 de maio, com uma postagem no página oficial do Facebook da entidade. O Setransp tratou o assunto como uma fusão entre as duas empresas.
Investigada
A Auto Viação Marechal foi alvo de uma operação em janeiro deste ano pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) que apura fraudes na licitação do transporte público local. Na oportunidade, o MPDFT cumpriu três mandados em Curitiba, com apoio da Polícia Civil do Distrito Federal e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado(Gaeco) do Ministério Público do Paraná.
A investigação envolve a consultoria de mobilidade paranaense Logitrans, que auxiliou o poder público na elaboração de alguns editais, e a relação entre a assessoria jurídica prestada pelo advogado Sacha Reck, filho de Garrone Reck, proprietário da Logitrans, para algumas empresas e municípios.
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