O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), disse na manhã desta terça-feira (16) que as chances de recuperação do Viaduto Santo Amaro, na zona sul da capital, são “muito remotas”. Segundo Haddad, engenheiros da Prefeitura estimam em 5% a probabilidade de reaproveitamento da estrutura, que na madrugada do sábado (13) foi atingida por uma explosão após colisão entre um caminhão e uma carreta.
“Os engenheiros já me adiantaram que é remota a chance de recuperação porque o fogo atingiu a marca de 1.000°C e pode ter comprometido definitivamente a estrutura de concreto. E, se isso aconteceu, nós teremos de demolir”, afirmou. Um laudo técnico sairá ainda nesta semana, conforme o prefeito, quando será possível decidir pela demolição ou reaproveitamento da estrutura.
Para tentar acelerar as obras, uma das possibilidades, de acordo com Haddad, é “substituir por uma nova tecnologia”, sobretudo a parte central do viaduto, que foi mais prejudicada. O prefeito não especificou qual modelo poderá ser adotado.
“De posse do laudo, toma-se a decisão. Mas já adianto: pelo volume de combustível que queimou durante horas embaixo do viaduto, as chances de recuperação são muito remotas. Estima-se em 5% as chances de recuperação do viaduto”, afirmou.
Tráfego
Nesta segunda-feira (15), a Companhia de Engenharia do Tráfego (CET) liberou três faixas da Avenida Bandeirantes, sob o viaduto. O tráfego da Avenida Santo Amaro, que continua na parte de cima do viaduto, permanece bloqueado sem prazo de reabertura. A CET tem orientado desvio de linhas de ônibus e veículos.
“A CET está mobilizada para criar alternativas de viário. Hoje (terça-feira, 16) o resultado foi muito melhor do que o de ontem (segunda-feira, 15) já. Mas ainda temos um esforço adicional para conseguir superar uma dificuldade que é grande porque é um viaduto estratégico de duas artérias da cidade. A Avenida Bandeirantes embaixo e a Avenida Santo Amaro por cima são um gargalo estratégico da cidade, um nó estratégico da cidade.”
Mesmo com a CET debruçada em torno do viaduto, Haddad disse que, até chegar a uma solução definitiva, ainda “é possível melhorar” a fluidez do trânsito na região.
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