O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), disse nesta terça-feira (4) que irá investigar se houve alguma irregularidade na viagem bancada pela multinacional Motorola a membros da Polícia Militar e da Polícia Civil.

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O comandante-geral da Polícia Militar, Benedito Meira, e pelo menos mais três policiais, incluindo oficiais responsáveis pela área de tecnologia da PM, participaram de uma feira nos Estados Unidos "a convite" da empresa. Ao menos um delegado da Polícia Civil também participou da comitiva na Flórida convidado pela Motorola, segundo a multinacional.

Perguntado, Alckmin não quis dizer quais providências deverão ser tomadas. Segundo o governador, viagens a trabalho ou estudo de servidores devem ser pagas pelo governo.

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"Qual a recomendação que nós estamos dando: sempre que alguém for fazer viagem de trabalho, estudo, que agregue conhecimento, expertise, sempre o governo deve arcar com os custos disso. Então, já determinei ao secretário de segurança que verifique e ele vai apurar", disse. Alckmin, no entanto, não disse se o dinheiro que a Motorola gastou na viagem será ressarcido.

O patrocínio às viagens não foi publicado no "Diário Oficial", como exigem as regras da administração pública. Em tese, não poderia ser aceito, avalia o Ministério Público, porque partiu de empresa que tem interesses e mantém negócios com a polícia.A Motorola é responsável pelo sistema de radiocomunicação das polícias Civil e Militar de São Paulo.

Uma semana antes da viagem, a multinacional venceu uma licitação do Departamento de Telemática da PM, no valor de R$ 9,9 milhões, para a expansão do sistema.