Professor pede mais fiscalização
Especialista em segurança no trânsito, o professor Eduardo Ratton, do Departamento de Transportes da Universidade Federal do Paraná (UFPR), defende o aumento da fiscalização do uso do cinto. "Mas tem de ser uma fiscalização educativa: se não houver conscientização, não adianta multar por multar", alerta.
O uso do cinto de segurança e de dispositivos auxiliares poderiam ter ajudado a evitar duas mortes no trânsito paranaense ocorridas no último fim de semana. Um jovem de 22 anos, no domingo, em Sarandi, e uma menina de 5 anos, no sábado, em Curitiba, viajavam provavelmente sem cinto em carros dirigidos por motoristas alcoolizados, um deles sem habilitação. As vítimas foram arremessadas para fora dos veículos.
Quando não morre, o passageiro sem cinto está exposto a lesões graves: no acidente de Curitiba, uma menina de 4 meses, filha do motorista e prima da criança que morreu, também foi lançada para fora do carro e está em estado grave. Segundo os especialistas ouvidos pela Gazeta do Povo, o cinto de segurança é projetado para suportar impactos equivalentes aos dos dois acidentes do fim de semana, a não ser que já estivessem avariados por colisões anteriores.
A falta do uso do cinto é uma das principais infrações registradas no Paraná, resultando em 13.660 autuações no ano passado nas rodovias fiscalizadas pela Polícia Rodoviária Federal (PRF). Foram 9.532 casos de motoristas e 4.128 de passageiros que não usaram o equipamento. Em janeiro deste ano, a PRF fez 1.571 autuações por falta de uso do cinto 882 pelos condutores e 689 pelos demais ocupantes.
"O cinto é o principal equipamento de segurança do veículo, com a função de proteger as áreas vitais", ressalta o advogado Marcelo José Araújo, especialista em trânsito. De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro, quem deixa de usar o cinto comete infração grave, com multa de R$ 127,69 e pena de cinco pontos na carteira. Em caso de morte de passageiros sem cinto, os motoristas poderão ser responsabilizados por negligência.
Na opinião do advogado, falta orientação para que motoristas e passageiros usem o equipamento com eficiência. "As pessoas não sabem usar o seletor de altura, ou reclinam indevidamente o banco, como o jogador Dener, que morreu enforcado pelo cinto em 1994", alerta. Os ocupantes do banco traseiro também não podem negligenciar o uso do cinto. Em caso de colisão a 60 km/h, a pessoa é projetada para a frente com força equivalente a seu peso multiplicado por 50.
Para crianças, além do cinto, uma resolução do Conselho Nacional de Trânsito exige o uso de dispositivos auxiliares. Bebês com menos de 1 ano de idade devem ser transportados no bebê-conforto. De 1 a 4 anos, a norma exige a tradicional cadeirinha. Crianças com idades entre 4 e 7 anos devem usar o assento de elevação. A partir daí até os 10 anos, as crianças devem usar o cinto do veículo, mas ainda no banco de trás.
Símbolo da autonomia do BC, Campos Neto se despede com expectativa de aceleração nos juros
Após críticas, Randolfe retira projeto para barrar avanço da direita no Senado em 2026
Novo decreto de armas de Lula terá poucas mudanças e frustra setor
Câmara vai votar “pacote” de projetos na área da segurança pública; saiba quais são
Soraya Thronicke quer regulamentação do cigarro eletrônico; Girão e Malta criticam
Relator defende reforma do Código Civil em temas de família e propriedade
Dia das Mães foi criado em homenagem a mulher que lutou contra a mortalidade infantil; conheça a origem
Rotina de mães que permanecem em casa com seus filhos é igualmente desafiadora