Algumas viaturas podem parar de rodar caso não haja regularização no abastecimento| Foto: Andre Rodrigues/ Gazeta do Povo

Caso antigo

Carros da PM e do Corpo de Bombeiros já sofriam com problema

Há um mês, carros da Polícia Militar do Paraná e do Corpo de Bombeiros tiveram problemas para abastecer por falta de pagamento à empresa fornecedora de combustível. Alguns dos pontos de reposição de combustível em Curitiba e região metropolitana estiveram desativados, o que obrigou veículos a fazer deslocamentos maiores, distantes das regiões em que prestam atendimento, para abastecer.

A falta de pagamentos também já afetou outros pontos do serviço policial. Em novembro, um atraso no pagamento da conta telefônica deixou a PM e a Sesp sem poder fazer ligações telefônicas. Cadetes iniciantes do curso da PM no Guatupê também ficaram pelo menos cinco meses sem receber salário. A alimentação de 18 mil detentos no Paraná também está comprometida, já que algumas empresas que fornecem a comida estariam sem receber desde agosto e outras desde setembro.

Com as contas apertadas, este ano o governo já anunciou uma série de medidas de contenção de gastos, como o corte de comissionados, a extinção de secretarias e outros contingenciamentos no orçamento.

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Parte das viaturas da Po­lícia Militar (PM) de Curitiba e da região metropolitana da capital pode parar de rodar quando o combustível do tanque acabar. Isso se os próprios policiais não colocarem dinheiro do bolso para encher o tanque em postos de gasolina privados ou rodarem bastante até encontrarem algum batalhão que ainda tenha álcool ou gasolina. Ontem, outros três postos da PM informaram que o abastecimento de combustível das bombas internas está suspenso por tempo indeterminado. A informação surgiu por meio de avisos distribuídos aos policiais.

Na última quinta-feira, o 17.º Batalhão da PM, que atende a região metropolitana de Curitiba, avisou os policiais que o abastecimento estava suspenso. Ontem, o mesmo comunicado foi emitido pelo Batalhão da Polícia Militar Ambiental, pelo 22.º Batalhão e pela Academia do Guatupê – este último foi apontado pela Secretaria de Segurança Pública (Sesp) como o local onde as viaturas da região metropolitana poderiam abastecer para não interromper o atendimento.

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Outro lado

A Secretaria de Estado de Segurança Pública, por meio de sua assessoria de imprensa, diz que a falta de abastecimento em alguns batalhões da polícia não afeta os serviços da PM. De acordo com a secretaria, as viaturas estão sendo abastecidas em outros batalhões, que ainda têm combustível. E que a falta de pagamento é de responsabilidade da Secretaria da Fazenda.

A Fazenda, por sua vez, também por sua assessoria, disse que o governo está negociando para regularizar o fornecimento. A informação é de que os pagamentos têm sido feitos com regularidade, de acordo com cronograma estabelecido com os fornecedores de combustível.

Isso ocorre, porém, dentro do fluxo financeiro do estado, o que significa, em outras palavras, que os pagamentos são feitos quando entra dinheiro em caixa.