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Fábio Machado, bicampeão paranaense de aeromodelismo, gosta de inventar manobras, sair do voo normal | Antônio More/ Gazeta do Povo
Fábio Machado, bicampeão paranaense de aeromodelismo, gosta de inventar manobras, sair do voo normal| Foto: Antônio More/ Gazeta do Povo
  • Na Rua Humberto Castelo Branco, em Pinhais, fica o local onde os aficionados do aeromodelismo se encontram. Aviões e helicópteros são preparados pelos donos antes das exibições
  • Avião faz show de acrobacias nos céus de Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba
  • Os fãs desse hobby se reúnem no Clube Paranaense de Aeromodelismo (Cpaer), em Pinhais
  • Nos últimos anos, o valor das peças dos aeromodelos diminuiu, inclusive as importadas
  • O que mais chama atenção nas réplicas são os detalhes, inclusive com piloto e tudo
  • Os modelos mais baratos custam a partir de R$ 400, mas alguns podem chegar a R$ 100 mil
  • Os aeromodelos podem ser comprados prontos, semi-montados ou serem manufaturados a partir do zero
  • Os helimodelos, réplicas de helicópteros, também têm fãs apaixonados
  • Operar um desses aparelhos requer certos cuidados, ou seja, há procedimentos de segurança que devem ser seguidos
  • Os aeromodelos requerem manutenção semanal
  • Alguns modelos, como este, têm propulsão a jato
  • Um avião de acrobacias, como este, está sempre sujeito a acidentes. Conviver com as baixas na frota é comum entre os aficionados
  • Antonio Carlos Machado, de 57 anos, e o filho dele, Fabio Machado, 27 anos, com o avião de acrobacias
  • Algumas manobras não podem ser realizadas com mais de cinco aviões no ar ao mesmo tempo
  • Piruetas à parte, alguns modelos surpreendem pela semelhança com um avião real
  • Fernando Belich, de 50 anos, tem o aeromodelismo como hobby há 10 anos

Visto do chão, todos os aviões parecem pequenininhos. Mas não se assuste se os aviões que por acaso observar riscando o céu de Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, lhe parecerem menores do que o esperado: são apenas os aficionados do Clube Paranaense de Aeromodelismo (Cpaer) dando asas para uma sensação de liberdade que, eles juram, o hobby só faz aumentar.

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O aeromodelo de rádio-controle é uma verdadeira paixão entre seus praticantes. Que o diga o arquiteto Fábio Machado, de 27 anos, que aprendeu a gostar dos aviõezinhos com o pai, Antonio Carlos, 57 anos, e hoje é bicampeão paranaense. "Gosto de fazer acrobacias, inventar manobras, sair do voo normal", conta. Ele explica que as competições existem quanto às modalidades de voo e quanto às dificuldades das manobras. "Em uma modalidade básica, as manobras são mais restritas e fáceis. Já na modalidade ilimitada, qualquer manobra vale, e é tudo mais difícil", distingue.

Quem pratica o aeromodelismo não nega: hoje o hobby é muito mais barato. "Eu era apaixonado por aeromodelo desde a minha adolescência, mas um avião controlado por rádio era caríssimo e ainda tinha uma porção de restrições nas importações das peças. A gente só tinha aviões controlados por cabo. Só a partir da década de 1990 a gente conseguiu ter acesso a peças mais baratas que vinham de fora", conta o engenheiro Fernando Belich, de 50 anos.

Belich pilota hoje aviões e helicópteros, o chamado helimodelo, e diz que um modelo de entrada pode custar entre R$ 400 e R$ 600. O material é o que encarece mais. "Os mais básicos são feitos de depron, que é uma espécie de isopor, e os outros são feitos de madeira balsa e compensado. Já os modelos mais avançados levam fibra de carbono, fibra de vidro, kevlar (fibra sintética), materiais mais nobres", explica Machado. Ele também diz que o aeromodelismo é um hobby para todos os bolsos. "Tem aviões de R$ 400 reais e jatos que começam a partir de R$ 5 mil até R$ 100 mil".

Coisa séria

Nada incomoda mais os aficionados do que dizer que o aeromodelismo é uma brincadeira de criança. Além do custo e do preparo – aviões podem ser comprados prontos, semi-montados ou serem manufaturados a partir do zero –, regras de segurança rígidas são adotadas no clube em Pinhais.

"Quando entramos para o clube, recebemos um manual com procedimentos de segurança que devem ser seguidos à risca. Existem lugares onde não se pode transitar com o motor ligado, manobras que não se podem realizar com mais de cinco aviões voando ao mesmo tempo no espaço, e por aí vai", explica Fernando Belich.

Mesmo com todos os cuidados, acidentes ocorrem, e o aeromodelista precisa estar preparado para sofrer algumas baixas na frota. "É uma sensação horrível de perda. Inclusive perdi um no último sábado", conta o gerente Roberto Caldeira Filho, 58 anos. "Tive uma falha eletrônica que não dava para prever, ele entrou em parafuso e foi de bico no chão. Só sobrou a cauda", lamenta.

Restaurar os aviões danificados também faz parte da diversão. "Os modelos exigem manutenção quase semanal. Quando não estão voando, estão sendo reparados."

Adrenalina via rádio

O aeromodelismo é uma verdadeira paixão entre os praticantes. Aviões podem ser comprados prontos, semi-montados ou serem manufaturados a partir do zero. Confira alguns modelos e manobras.

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