Você está em cima da hora para um compromisso, pensa naquela roupa perfeita para a ocasião, mas não a encontra de jeito nenhum no armário. O velho e clássico "não tenho o que vestir", diante de um guarda-roupas lotado, pode ser facilmente resolvido ou minimizado com técnicas simples de organização. Para quem morre de preguiça de mexer nos armários, a mudança de estação pode ser uma boa oportunidade de encarar a tarefa. Empacotar roupas mais pesadas e abrir espaço para as peças de verão, garantem especialistas, facilita a vida na hora de se arrumar.
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A técnica de organização sazonal por estações pode ser aplicada mesmo em Curitiba, onde os dias frios teimam em aparecer durante o ano todo. A personal organizer Irene Loureiro, da Benfatto, recorda que, em cidades assim, roupas de meia estação devem permanecer no armário, mas casacos e blusas grossas de lã podem ser deslocados. "Os maleiros e partes superiores são curingas para abrir mais espaço." Neste processo, acrescenta Thais Godinho, do blog Vida Organizada, é imprescindível lavar os itens antes de guardar. "Senão, as bactérias irão se proliferar e, além de contaminar o compartimento do guarda-roupa, causarão mau cheiro."
Depois de retirar tudo do guarda-roupas e limpá-lo bem, começa a parte mais difícil do trabalho: praticar o desapego. "As pessoas acreditam que um armário bom é aquele cheio, mas, em geral, o aproveitamento das peças é baixo. Na média, fica na regra do 80, 20. Boa parte usa apenas 20% do que tem", argumenta a estilista Fabianna Pescara, instrutora da área de moda do Senac.
Avaliação
Uma boa forma de avaliar o que fica é provar todas as peças, para analisar caimento e possibilidade de combinação com outros itens. Não estar usando aquela roupa há um bom tempo é uma pista, diz Irene Loureiro, mas não pode ser o argumento final para o desapego. "Se não cai bem, é descarte. Se não tenho roupas que combinem, há duas decisões possíveis: comprar algo para compor ou descartar." Outro cuidado importante nesta época do ano é com as liquidações da estação. "As pessoas compram roupas por impulso, simplesmente por estar com 70% de desconto, mas nunca usam."
Analisar o que se tem, peça a peça, ajuda a montar um inventário que orientará as próximas compras, ensina Thais Godinho. "Gerenciando por estações você pode distribuir ao longo do ano as suas novas aquisições, equilibrando também o orçamento." E, quando se deparar com uma placa de promoção, vale a dica: foco nas peças atemporais. "Liquidações são para comprar o que é muito bom, por um preço mais baixo. A bota é o melhor exemplo do universo, porque o que muda de uma estação para outra é uma franjinha. Não pode comprar modismo. Uma excelente bota preta de cano alto é um investimento de qualidade nesse período", completa Irene Loureiro.
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