Alimentação
Aprender a comer direito é fundamental
A nutricionista Eliane Tagliari explica que a melhor maneira de não errar na alimentação é comer produtos frescos, naturais e simples. Também é bom fugir de refeições muito condimentadas, ricas em gorduras trans e sódio ou coloridas artificialmente.
Para os que desanimam por não ver resultados rápidos, Eliane faz um alerta. "Sempre que a perda de peso for muito rápida, o organismo entende que sofreu uma agressão metabólica e fará de tudo para compensar, como reter mais gordura para manter a temperatura basal ou quebrar a massa muscular para atender a demanda calórica", explica a nutricionista.
Eliane explica que o processo de reeducação alimentar pode levar, em média, seis meses. No primeiro trimestre, ocorre a perda de peso e mudança no hábito. No trimestre seguinte, vem a adequação metabólica, quando o corpo cria uma memória celular para se manter magro e saudável.
O verão chegou ao fim e já tem muita gente pensando em ficar com o corpo em dia para a próxima temporada. Para isso, há quem não meça esforços: faz dietas malucas e exercícios sem qualquer orientação. Um projeto verão feito desse jeito tem tudo para dar errado. Com bons meses pela frente até a próxima estação quente, é possível fazer um planejamento para ficar com tudo em cima e sem riscos.
Por mais sedutor que pareça, perder muitos quilos em pouco tempo e comendo só melancia, por exemplo traz mais danos que benefícios. A nutricionista Eliane Tagliari, especialista em nutrição clínica funcional e fitoterapia, explica quais os riscos que uma dieta sem acompanhamento pode trazer. "Desde uma hipoglicemia [queda da glicose sanguínea] até a modificação do perfil metabólico como um todo, dependendo do tempo em que ela permanecer na dieta inadequada", explica.
A nutricionista explica que a mudança no perfil metabólico traz alterações em todo o corpo. O fígado sofre, sobrecarregado de toxinas, o pâncreas fica desequilibrado e pode produzir insulina a mais ou a menos, os intestinos irritam e o tecido adiposo, altera. "Isso gera muitas vezes mais inflamação que emagrecimento, sem contar a perda de massa muscular", observa.
Outra mania que está errada é a substituição de uma refeição por shakes. "Isso não corrige o hábito alimentar errado, apenas substitui", alerta a nutricionista. Para Eliane, o acompanhamento profissional é importante porque muitos shakes que estão disponíveis no mercado são feitos a base de proteína de leite, corantes e adoçantes. "São substâncias que podem gerar respostas alérgicas imediatas ou tardias", pontua.
Por outro lado, há quem opte por uma carga maior de exercícios. Se você já faz boas caminhadas, qual o problema de uma corridinha? O professor de educação física Igor Andrade, coordenador de fitness da Academia Gustavo Borges Tarumã, explica que não é tão simples assim. "Biomecanicamente falando, são movimentos muito diferentes, que usam grupos musculares e fontes energéticas diferentes", diz.
Para Andrade, antes de praticar exercícios, o primeiro cuidado que uma pessoa precisa ter é uma ideia de como está a saúde. "Mesmo as atividades físicas mais leves e genéricas, para uma pessoa que tenha hipertensão ou problema articular, são prejudiciais. A recomendação é que as pessoas façam pelo menos uma vez por ano um check-up para saber se estão aptas a fazer exercícios", explica. Já os que se exercitam com alguma frequência, a dica é beber água antes, durante e depois das atividades. A sede já é sinal de desidratação e é melhor não senti-la.
Exercício exige planejamento
A alimentação está diretamente relacionada ao exercício. Antes de praticar atividades físicas, o ideal é consumir uma fonte de carboidrato, já que você vai precisar de energia. "Você precisa fazer uma escolha inteligente e pensar em quanto tempo você tem para digerir o alimento antes de praticar o exercício", explica o professor de Educação Física Igor Andrade. Alimentos de difícil digestão, como proteínas ou aqueles muito gordurosos, estão cortados.
Check-up em dia e garrafinhas de água em mãos, a hora de começar os exercícios requer um pouco de planejamento. Se a opção for por uma boa caminhada, o alongamento antes da atividade pode ser dispensado. "A caminhada é um movimento natural da pessoa. Quando você está sentado no escritório e vai até o carro não é preciso alongar antes", lembra Andrade. É depois do exercício que o alongamento é essencial: ele ajuda a relaxar a musculatura e dissolver o ácido lático produzido na atividade física.
Quem quer passar da caminhada para a corrida, deve fazer isso de forma gradual e preparando a musculatura, seja com musculação tradicional, trabalhos funcionais, ginástica ou hidroginástica. "A maioria das lesões na corrida ocorrem porque as pessoas até têm condicionamento físico, fôlego, mas não tem a musculatura preparada", explica.
Já nas academias ao ar livre, preste atenção ao mural com a explicação dos exercícios. "Esses equipamentos são mais voltados a mobilidade articular que a força, não são tão intensos a nível muscular, mas trabalham a articulação", diz Andrade. Ele recomenda que sejam evitados movimentos bruscos e rápidos e a alta repetição.
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