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No Santa Cândida

Vídeo mostra ação de PMs que atingiram estudante em perseguição a assaltante

Câmeras de segurança flagram correria após a estudante Bárbara ser atingida por um tiro, durante a perseguição feita por policias a um assaltante | Divulgação / Polícia Civil
Câmeras de segurança flagram correria após a estudante Bárbara ser atingida por um tiro, durante a perseguição feita por policias a um assaltante (Foto: Divulgação / Polícia Civil)

A Polícia Civil divulgou nesta terça-feira (7) o vídeo de uma câmera de segurança que mostra a ação dos policiais militares na tentativa de capturar suspeitos de um assalto no bairro Santa Cândida no dia 1° de outubro. A ação dos policiais, que estavam à paisana, resultou na morte da adolescente Bárbara Silveira Alves, 16 anos, que foi atingida por um disparo de um policial militar.

No vídeo, a adolescente passa em frente ao restaurante, mas do outro lado da rua, por volta das 12h10. No minuto seguinte, no alto do vídeo, é possível ver um homem correndo. Ele sobe em uma motocicleta, na qual outro homem o esperava, e os dois fogem na mesma direção em que a garota. Alguns segundos depois os três policiais, de armas na mão, aparecem também no alto do vídeo.

Primeiro um policial, do sexo masculino, corre com a arma em punho na direção em que os suspeitos fugiram. Na sequência aparece a policial do sexo feminino, com a arma apontada para o chão. Após eles saírem do vídeo, têm início a correria por populares em direção ao local em que a menina caiu baleada e não é possível identificar qual das pessoas seria o terceiro policial. No vídeo não aparece o momento em que a estudante leva o tiro nas costas.

O delegado Jairo Estorilio, do 4° Distrito Policial de Curitiba, recebeu nesta terça-feira a documentação referente ao laudo do Instituto de Criminalística, o Boletim de Ocorrência e depoimentos dos policiais militares. Ainda nesta semana, o delegado deve instaurar um inquérito para investigar a ação dos policiais.

Segundo o delegado, além da ação que corre na Polícia Militar, que vai avaliar a conduta dos policiais, o PM que atirou e matou a adolescente vai responder na justiça comum como um civil. "Tudo leva a crer que ele deixou de observar os cuidados necessários para agir naquele momento", diz. Os policiais devem ser ouvidos novamente pela Polícia Civil.

O caso

Bárbara saía da aula na Escola Estadual Santa Cândidaquando foi atingida por um disparo durante uma suposta troca de tiros entre policiais e suspeitos de um assalto a um restaurante. A garota, após ser atingida pelo projétil, foi socorrida inicialmente por populares no local. Uma equipe do Siate (Serviço Integrado de Atendimento ao Cidadão) encaminhou a garota para o Hospital Cajuru, mas ela não resistiu aos ferimentos e morreu.

Testemunhas que estiveram no local do crime relataram à reportagem da Gazeta do Povo que ouviram quatro disparos. Os quatro tiros teriam vindo do local em que estavam os policiais no momento em que a garota foi atingida. Em nota, a Polícia Militar informou que houve confronto entre os agentes e os suspeitos e que não houve intenção do policial em atingir a adolescente. Na nota, a corporação ainda esclarece que, periodicamente, os policiais passam por cursos de reciclagem para melhorar o treinamento e que, neste caso, um curso havia sido feito alguns dias antes do ocorrido.

A Polícia Civil, entretanto, não soube informar se houve, se fato, confronto entre os PMs e suspeitos, nem se outros projeteis foram encontrados no local.

Nesta terça-feira, alunos da escola, amigos de Bárbara e familiares participaram de três missas no auditório do colégio para lembrar os sete dias de morte da jovem. Eles pretendem realizar um protesto no próximo sábado (11), em frente a Paróquia Santa Cândida.

Vídeo mostra ação que resultou em morte de menina no Santa Cândida

No vídeo, a adolescente passa em frente ao restaurante, mas do outro lado da rua, por volta das 12h10. No minuto seguinte, no alto do vídeo, é possível ver um homem correndo. Ele sobe em uma motocicleta, na qual outro homem o esperava, e os dois fogem na mesma direção que a garota. Logo em seguida, um policial do sexo masculino corre com a arma em punho na direção em que os suspeitos fugiram. Na sequência aparece a policial do sexo feminino, com a arma apontada para o chão.

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