Local por onde o vigia teria sido arrastado, segundo a perícia| Foto: João Varella / Gazeta do Povo

O vigia Hostílio Bernardes, de 59 anos, que trabalhava em um restaurante do bairro Batel, em Curitiba, foi encontrado morto com um profundo corte no pescoço na manhã desta quinta-feira (11). Segundo registro na Delegacia de Homicídios (DH), Bernardes foi visto pela última vez por funcionários do Dom Gabriel no final da noite de quarta-feira (10).

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O corpo de Bernardes foi encontrado por volta das 8h. Ele estava atrás de uma caixa usada para depositar restos de gordura em um canto do estacionamento do estabelecimento localizado na Rua Bispo Dom José – conhecida na capital paranaense por reunir casas noturnas.

Os peritos verificaram que Bernardes morreu com um corte transversal no pescoço. Segundo a DH, não havia sinais de luta corporal ou outras agressões. Vestígios indicam que a vítima foi arrastada por aproximadamente dez metros. A polícia ainda não sabe apontar quais os motivos para a morte do vigia.

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Os familiares do vigia reclamam que o restaurante não ligou para avisar da morte. "Ficamos sabendo que o pai morreu pela demora dele voltar para casa. Nós que ligamos na empresa [a churrascaria Dom Gabriel] para obter notícias", disse um dos filhos de Bernardes, que prefere não ter seu nome divulgado.

Uma pessoa próxima de Bernardes, que não quer ter sua identidade revelada, afirmou que ele trabalhava sem os equipamentos necessários para vigiar o local. Segundo essa pessoa, Bernardes não tinha arma de fogo, colete a prova de balas, guarita, uniforme ou qualquer outro material que o auxiliasse em sua função.

Procurada pela reportagem, a administração do Dom Gabriel não quis se manifestar.

A vítima

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Bernardes morava em Colombo, região metropolitana de Curitiba. Veio de sua cidade natal, Guarapuava, há dez anos. Segundo os filhos, sempre trabalhou como porteiro ou vigia. Apesar de trabalhar com segurança, tinha perfil pacífico, fala vagarosa e não gostava de brigas, de acordo com uma vizinha. Quatro pessoas que conheciam a vítima disseram desconhecer qualquer inimizade.

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