A Vigilância Sanitária de Curitiba apreendeu diversos produtos de beleza e interditou um suposto centro de estética ontem, durante fiscalização em uma fábrica de cosméticos. A operação ocorreu a pedido da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que determinou, na semana passada, a apreensão de dois xampus e uma colônia infantil supostamente fabricadas pela Vita Vert Indústria e Comércio de Cosméticos. Segundo a agência, os produtos não têm registro no órgão e, portanto, não poderiam ser vendidos no comércio. A empresa recebeu duas autuações e pode ser multada em até R$ 7,6 mil.

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De acordo com a coordenadora da Vigilância Sanitária, Rosana Zappe, na sede da indústria, no bairro Portão, havia mercadorias com várias irregularidades, como embalagem sem data de fabricação, prazo de validade ou número de lote, além de condições inapropriadas de armazenamento.

No piso superior da empresa, a vigilância informou ter encontrado uma clínica de estética clandestina, que não tinha autorização para funcionar. "Havia indícios de que o local estava funcionando. Foram achados cremes, agulhas e mesas de estética, entre outras coisas", diz Rosana.

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Segundo ela, os técnicos tiveram trabalho para contabilizar todos os itens apreendidos na fábrica, mas os fiscais não localizaram os xampus Cheiro de Bebê e Ternurinha de Bebê e a colônia Lavanda Cheiro de Bebê, que estão irregulares na Anvisa e desencadearam a operação. Rosana informou que a empresa tem 15 dias para recorrer das infrações e evitar a aplicação da multa.

O empresário Iran Machado, um dos sócios da Vita Vert, negou que haja qualquer irregularidade na fabricação dos produtos de higiene e beleza e disse que os xampus e a colônia não foram feitos pela sua indústria. "Uma empresa de Recife, cujo nome ainda não sabemos, fabricou esses produtos sem o nosso conhecimento e colocou a marca da Vita Vert. Vamos descobrir quem fez isso e processá-los", afirmou.

Segundo ele, a Vita Vert não possui linha infantil e só comercializa os seus produtos para centros de estética e salões de beleza. "Só atuamos no mercado profissional", diz Machado, lembrando que a empresa está há 18 anos no ramo e tem 35 produtos registrados na Anvisa. O empresário diz que outros 27 aguardam autorização da agência para serem comercializados. Alguns deles foram apreendidos pela vigilância ontem. "São só amostras", afirmou. Ele também negou a existência de uma clínica de estética no local. "Minha sócia já foi dona de uma clínica e alguns equipamentos dela estão guardados na fábrica. Também temos um espaço reservado para fazer demonstração dos nossos produtos. Não há nada de ilegal", defendeu-se.