| Foto: Aliocha Maurício/ Tribuna do Paraná

Fiscais da Vigilância Sanitária e agentes da Polícia Civil encontraram cerca de 800 quilos de carne estragada no açougue do Supermercado Stall, localizado no Alto Boqueirão, em Curitiba. Durante a operação, que ocorreu na manhã desta quarta-feira (8), as autoridades também localizaram grande quantidade de produtos vencidos, como leite fermentado, biscoitos, massas de pizzas e cervejas.

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De acordo com Mauricio Weigert, chefe do Serviço de Vigilância Sanitária Municipal do Boqueirão, o mercado cometeu 18 infrações. "Entre elas, falta de higiene na panificadora e no depósito, falta de licenças e outras questões envolvendo documentações e regularização trabalhista", comenta. A operação foi motiva por denúncias feitas via 156.

A Delegacia de Crimes Contra a Economia e Proteção ao Consumidor (DELCON) instaurou inquérito. Segundo o delegado Coelho Neto, responsável pelo caso, o proprietário foi autuado por crime contra as relações de consumo, prevista na Lei nº 8137 de 27 de dezembro de 1990. A detenção é de dois a cinco anos e multa.

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"Agora estamos ouvindo o gerente do estabelecimento. Em um segundo momento iremos falar com o proprietário. Eles provavelmente também serão indiciados pelo crime de exposição, depósito e venda de produtos impróprios para o consumo", comenta.

Reincidência

Em 2012 e 2013, segundo Weigert, o supermercado Stall do Alto Boqueirão foi multado por comercializar produtos impróprios para o consumo. "Não é a primeira vez que isso ocorre. Então o local provavelmente será multado por infração gravíssima", comenta. Segundo o decreto nº 1784 de dezembro de 2013, que atualiza os valores das leis municipais, o estabelecimento que comete infrações gravíssimas deve arcar com penalidades no valor de R$ 1.508,00 a R$ 5.977,00.

Outro lado

Os proprietários do supermercado Stall, que além da loja do Alto Boqueirão têm outras três, enviaram nota, via assessoria de imprensa, afirmando que "receberam a notícia com surpresa e ainda estão tomando conhecimento da real situação" e que "devem tomar todas as medidas necessárias para se adequar às exigências da Vigilância Sanitária, inclusive com interferências administrativas de modificação de pessoal."

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