Seguiu para o Poder Judiciário na tarde desta sexta-feira, 21, o primeiro dos três inquéritos já concluídos contra o vigilante Tiago Henrique Gomes da Rocha, de 26 anos, que confessou uma série de assassinatos em Goiânia. Rocha foi indiciado pela morte de Rosirene Gualberto, de 29 anos, Juliana Neubia Dias, de 22 anos, e da adolescente Arlete dos Anjos Carvalho, de 16 anos.
Pela morte de Rosirene, o vigilante teve a prisão temporária transformada em prisão preventiva, decretada pelo juiz da 1ª Vara dos Crimes Dolosos Contra a Vida da comarca de Goiânia, Eduardo Pio Mascarenhas da Silva. O magistrado alegou que a medida era necessária para garantir "a ordem pública, a preservação da instrução criminal, a fiel execução da pena e a segurança da sociedade".
Em coletiva nesta sexta, o titular da Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios (DIH), delegado Murilo Polati, fez um balanço das investigações. Polati informou que as investigações confirmam que Rocha foi o autor de 16 homicídios, dos quais exames de microbalística de 13 casos concluíram que a arma usada foi a mesma apreendida com o vigilante. Ao término dos exames criminalísticos, a Polícia Civil deverá remeter os outros 13 inquéritos ao Judiciário pedindo o indiciamento também por eles.
Além das provas periciadas, existem várias outras, informou o delegado. O suspeito, por exemplo, foi fotografado por um radar eletrônico cometendo uma infração de trânsito próximo ao local do crime logo depois da ocorrência. O motociclista fotografado carregava nas costas uma mochila idêntica à apreendida pelos policiais na residência do vigilante.
Os investigadores também utilizaram como prova técnica um retrato falado feito por uma testemunha, irmã de Rosirene, e que coincide com o rosto de Rocha. Após a prisão, a mulher reconheceu o vigilante como o motociclista que baleou a vítima quando ela estacionava um carro próximo a uma boate de Goiânia.
Rocha permanece preso no Núcleo de Custódia do Complexo Prisional, em Aparecida de Goiânia, onde é mantido em regime de segurança máxima. As visitas recebidas são apenas da mãe e das advogadas que assumiram a defesa do rapaz. Nenhum deles fala com a imprensa sobre o assunto.
Preso no dia 14 de outubro, em Goiânia, o rapaz confessou à Polícia Civil ter matado 39 pessoas desde 2011.
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