O vigilante Marlon Balen Janke, de 33 anos, foi condenado neste sábado (28) a 23 anos de prisão em regime fechado pelo assassinato do estudante Bruno Strobel Coelho. O outro réu no processo e também vigilante, Douglas Rodrigo Sampaio Rodrigues, 29, terá que cumprir 13 anos de reclusão. A decisão foi proferida pela juíza Inês Marchalek Zarpelon às 19h20. Entre os jurados, a decisão foi apertada. Foram quatro votos pela condenação contra três contrários.
Janke foi condenado por homicídio (16 anos de prisão), tortura mediante sequestro (três anos e seis meses), ocultação de cadáver (um ano e meio) e formação de quadrilha (dois anos), totalizando os 23 anos. Rodrigues recebeu a pena por homicídio (12 anos) e ocultação de cadáver (um ano), em um total de 13 anos. Os dois podem recorrer da decisão.
Pelo menos 60 pessoas acompanharam, neste sábado (28), o segundo dia do julgamento dos vigilantes acusados no caso. Os réus foram ouvidos na noite de sexta-feira (27) e a audiência foi retomada às 8h deste sábado para a argumentação dos assistentes de acusação e dos advogados defesa. O julgamento recomeçou com a acusação do promotor de Justiça Marcelo Balzer Correia e o assistente Adriano Bretas. Eles defenderam a tese de que Bruno foi morto em Almirante Tamandaré.
Após a acusação, foi a vez de Nilton Ribeiro, advogado de defesa de Janke, argumentar em defesa do réu. Na sexta-feira, o vigilante confessou o crime e chegou a pedir desculpas para a família de Bruno. Ribeiro defendeu que Bruno era pichador e que amigos do garoto teriam confessado que ele bebia e usava drogas. O advogado fez questão de mostrar que seu cliente era um trabalhador e o tiro foi acidental.
Segundo Ribeiro, o crime só mobilizou tanto a opinião pública porque Bruno é rico, enquanto Janke é um humilde trabalhador. O advogado lembrou que o vigilante confessou o crime e deve ser punido por isso, mas é contra a condenação por formação de quadrilha e tortura. Depois foi a vez de Cláudio Dalledone Júnior, que defende o outro réu, Douglas Rodrigo Sampaio Rodrigues, 29, expor seus argumentos. Dalledone defendeu a tese de que Bruno teria sido morto ainda em Curitiba.
Após uma pausa para o almoço, o julgamento foi retomado às 14h15. Foram duas horas de réplica para Bretas e mais duas horas de tréplica para os advogados de defesa. Familiares de Bruno, Janke e Rodrigues estiveram no Tribunal do Júri, em Curitiba, acompanhando o julgamento que durou dois dias.Primeiro dia
No primeiro dia do julgamento, defesa e acusação dispensaram sete testemunhas e apenas três pessoas foram ouvidas: Fernando Bida, ex-funcionário da Centronic empresa em que os vigilantes acusados de matar Bruno trabalhavam; João Soares, presidente do Sindicato dos Vigilantes; e Adir Alves, que localizou o corpo de Bruno.
Terminada a tomada de depoimento das testemunhas, foram lidas cinco peças dos autos, o que retardou o depoimento dos réus. Em juízo, Janke negou que o crime tenha sido planejado e sustentou que o homicídio foi cometido de forma acidental. O agente de segurança também se disse arrependido de ter cometido matado o estudante. Depois, foi a vez de Rodrigues depor.
Os réus são julgados por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. Além destes crimes, Janke também responde por formação de quadrilha e tortura mediante a sequestro.
O crime
De acordo com as investigações, Strobel foi flagrado por Janke, pichando o muro de uma clínica no bairro Alto da Glória, na capital. O jovem teria sido rendido pelo vigilante e levado á sede da Centronic, onde teria sido espancado. O corpo do rapaz foi encontrado uma semana depois, na Rodovia dos Minérios, em Almirante Tamandaré, com dois tiros na cabeça. Rodrigues teria participado do crime.
PGR denuncia Bolsonaro no STF por suposto plano de golpe
Impopularidade de Lula piora tensão entre poderes e eleva custo da governabilidade
Apostas em impeachment de Lula já ou vitória nas urnas em 2026 dividem direita
Tarcísio empata com Lula em eventual 2º turno à presidência em 2026; governador nega candidatura
Soraya Thronicke quer regulamentação do cigarro eletrônico; Girão e Malta criticam
Relator defende reforma do Código Civil em temas de família e propriedade
Dia das Mães foi criado em homenagem a mulher que lutou contra a mortalidade infantil; conheça a origem
Rotina de mães que permanecem em casa com seus filhos é igualmente desafiadora