Vídeo:| Foto: Rodolfo Bührer / Gazeta do Povo

Curitiba e São Paulo – Curitibanos "antiimperialistas" prometem se unir às manifestações nacionais e mostrar a sua indignação pela vinda do presidente norte-americano George W. Bush ao país. Os eventos mais importantes ocorrem hoje na Boca Maldita, com a queima de um boneco do presidente Bush, apitaço e uma guerra de travesseiros.

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Ontem, alguns muros da cidade amanheceram com pichações contrárias a Bush. Outras pessoas preferiram viajar a São Paulo para participar dos protestos locais.

"Para mim, Bush é o grande promotor de guerras no mundo. É um absurdo, no estágio em que a humanidade chegou, um país continuar achando que é mais importante que os demais", dispara Marc Sousa, diretor da União Nacional dos Estudantes (UNE) em Curitiba e aluno da Tuiuti. Ele partiu ontem à noite para a capital paulista e participará da marcha que a UNE prepara no itinerário por onde Bush passará.

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Para Kauana Velloso de Souza, estudante da Uniandrade, que também já está em São Paulo pelo mesmo motivo, é importante frisar ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva a insatisfação dos brasileiros sobre a aproximação dos dois países.

"É preciso lembrar a desaprovação de vários segmentos da sociedade contra qualquer tipo de parceria com os Estados Unidos", ressaltou.

Em São Paulo, o coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), João Pedro Stedile, afirmou ontem esperar que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva mantenha o compromisso com os "pobres" que o elegeram e que não assine nenhum tratado de exportação do álcool produzido por usineiros.

O MST realiza hoje, em São Paulo, um protesto contra a visita de Bush ao Brasil. A manifestação ocorre a partir das 15 horas, na Praça Oswaldo Cruz, e seguirá pela Avenida Paulista em direção ao Masp, onde os protestantes farão um ato contra a tentativa do governo Bush de firmar acordo com o Brasil para a produção do álcool.