Câmara de Londrina pede tropas do Exército

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Londrina debate a violência

Em Londrina, na Região Norte do estado, a tônica dos debates promovidos nas escolas estaduais foi a violência, já que em menos de 15 dias foram registrados quatro casos graves dentro de colégios. Das 76 escolas estaduais, 58 aderiram à mobilização promovida pela APP-Sindicato em Londrina. Segundo o sindicato, nos municípios de Ibiporã, Cambé e Bela Vista do Paraíso, a adesão foi total. "A participação ficou dentro do esperado. Algumas escolas que ficaram de fora afirmaram que irão realizar os debates durante esta semana", declarou o presidente local da APP-Sindicato, Nelson Antônio da Silva. Segundo ele, cada escola fez o próprio diagnóstico da violência e propôs soluções que serão analisadas por um grupo de diretores e pedagogos.

Das 76 escolas estaduais de Londrina, no Norte do estado, 58 (ou 76%) têm registro de casos de violência, sendo que, em 30 delas, os atos ocorreram em 2007. Os números foram informados pelo presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Paraná (APP-Sindicato) em Londrina, Nelson Antonio da Silva. De acordo com ele, a maioria dos casos se refere à agressão de aluno contra professores ou funcionários ou de aluno contra aluno. O assunto foi discutido num seminário realizado na sexta-feira.

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O objetivo foi apontar soluções. "Na verdade, quem deveria chamar esse debate era o governo, mas o governo abandonou o Município de Londrina à própria sorte. E a violência que já estava na sociedade explodiu agora na escola", alega o sindicalista.

Ele afirma que professores estão preparados para lidar com a indisciplina dentro das aulas, mas não com a "marginalidade". "Então estamos pedindo socorro à sociedade, aos pais e aos órgãos de imprensa". O presidente da APP cobrou ainda uma atuação "mais intensificada da polícia". "Queremos polícia em torno da escola, combatendo o tráfico que ameaça os alunos".

Sobre a implantação de uma polícia dentro da escola, o presidente do Conselho Estadual de Educação, Arnaldo Vicente, afirmou que a proposta é desaconselhável. "O caminho para a solução é repensar a proposta pedagógica das escolas e não implantar uma polícia" Vicente afirmou que uma das soluções pode ser a escola integral que, no Paraná, praticamente não existe. "Estamos avaliando a proposta (de ensino integral) de Porecatu e vemos que pode funcionar", afirmou o conselheiro.

O presidente da APP disse que as escolas estão enviando à entidade propostas que serão sistematizadas. "Vamos pedir soluções para os órgãos responsáveis", disse Paulo Antonio da Silva.

O assunto volta a ser discutido na próxima quarta-feira, quando haverá uma paralisação nacional dos professores.

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