Professores, funcionários e alunos da Escola Estadual Ana Garcia Molina, no Jardim Interlagos, zona leste de Londrina, no Norte do estado, paralisaram as aulas ontem para protestar contra a violência. A gota dágua ocorreu na última terça-feira, quando um aluno de 20 anos de idade e matriculado na 8.ª série do período noturno agrediu a professora com uma barra de ferro dentro da sala de aula. A situação provocou tumulto generalizado e cortinas foram queimadas, além de confusões em várias salas.
A professora, que não teve o nome divulgado, sofreu o deslocamento de um dos dedos da mão. Uma funcionária, que testemunhou toda a cena, contou que o aluno visava atingir a cabeça dela com a barra de ferro. "Ela se protegeu com a mão, mas ele queria bater na cabeça." Depois da agressão, o aluno foi contido por outros professores, mas conseguiu fugir antes da chegada dos policiais da Patrulha Escolar.
A confusão começou logo na primeira aula, por volta das 19 horas. Os funcionários contaram que o aluno chegou agitado na escola e sua primeira atitude foi retirar as grades de ferro do chão e jogá-las para o alto. Em seguida ele invadiu o laboratório da escola e com mais três alunos ameaçou a funcionária que estava no local. Ameaças foram repetidas na sala da 5.ª série até ele chegar na sala de aula.
A reação violenta do aluno começou quando ele foi questionado pelos seus atos. Ele saiu de dentro da sala e foi até a supervisão, onde retirou a barra de proteção da porta. A professora ainda trancou a porta da sala, mas ele a arrombou com o pé. Nesse momento outros alunos começaram a soltar bombas no pátio e dois adolescentes colocaram fogo nas cortinas de outras salas.
Representantes do Núcleo Regional de Ensino (NRE) e da Patrulha Escolar confirmaram que a violência no Ana Garcia Molina tem ocorrido desde o início do ano. Segundo a responsável pela Patrulha Escolar, tenente Carolina Higino da Costa, essa é a primeira agressão física registrada na escola. "Nesse colégio já foram registrados várias ocorrências. Muitas de ameaça, agressão verbal e indisciplina", conta.
Conforme a chefe do NRE, Geni de Lourdes Perineto, já foram realizadas reuniões com representantes da Secretaria Estadual de Educação (Seed) e da polícia para tentar minimizar o que está ocorrendo na escola. "Não foi nenhuma surpresa. Já estávamos tomando providências quanto a algumas situações. É preciso orientar os professores quanto à aplicação da lei", disse.
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