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política

“Virei um personagem”, desabafa José Dirceu

Brasília – "Eu não existo mais politicamente no país". Foi assim, em tom de amargura, que o ex-ministro José Dirceu definiu sua situação quando questionado sobre a maratona de conversas mantidas por ele com partidos da base governista.

Desde que foi flagrado numa reunião reservada com Itamar Franco em Juiz de Fora, justamente no dia em que o ex-presidente lançou sua candidatura à sucessão de Luiz Inácio Lula da Silva, Dirceu tenta fugir dos holofotes. Vestiu o figurino do cidadão comum e reclama da invasão de sua privacidade. "Preciso sustentar meus filhos, minha família, pagar minhas contas. Não querem me deixar trabalhar", disse.

Apesar das evidências de suas articulações no mundo político, o ex-chefe da Casa Civil nega tudo. Mais: jura de pé junto que não fala em nome de Lula nem do PT e que está "quieto" no seu canto. "Não estou fazendo política. Advogo, dou consultoria, faço palestras. Não tenho delegação do PT nem do presidente Lula para nada. Estou fora", afirmou.

Dirceu mal desfez as malas da viagem a Venezuela e seus amigos dizem que ele também esteve na Bolívia, onde teria se encontrado com o presidente Evo Morales. Ele nega. Brasil e Bolívia negociam a regulamentação da lei que nacionalizou as reservas de gás boliviano e pode prejudicar os investimentos da Petrobrás. Mas qual o motivo da viagem a Caracas? "Trabalhar, rever amigos" desconversou o ex-chefe da Casa Civil. "Daqui a pouco não vou poder mais ir ao shopping nem a um restaurante e minha sócia (a advogada Lilian Ribeiro, com quem ele vai dividir um escritório na Vila Mariana, em São Paulo), não vai querer mais ser minha sócia", protestou.

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