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Saúde

Virose atinge banhistas do litoral de SP

Uma virose provocada por alimentos ou água contaminada está estragando o verão de muita gente. O maior problema para o diagnóstico da enfermidade é que ela pode apresentar vários sintomas.

O analista de vendas Thiago Castro sentiu, durante dias, dor de cabeça persistente e mal-estar generalizado. No começo, ele até pensou que fosse gripe. "Febre, muita dor no corpo. Eu estava ficando muito tempo deitado porque não aguentava ficar de pé", fala.

Os sintomas surgiram há uma semana, depois que Thiago voltou de Boiçucanga, em São Sebastião, a 191 km de São Paulo. Desde então, ele passou por uma maratona de exames e visitas ao pronto-socorro. "Por causa de um exame que tira o líquido da espinha, deu uma grande alteração no número de células e o medico explicou que era meningite viral, atrelada a uma hepatite", contou.

Quando o passeio na praia termina no hospital, a maioria das pessoas procura se lembrar de tudo o que comeu enquanto estava no litoral. Mas o problema pode estar na bebida. A água usada no preparo de sucos, caipirinhas e no gelo pode estar contaminada. O nome do vilão é Enterovírus.

"O sujeito que prepara um suco de maracujá na praia faz o gelo dele com uma água fraudada. Não é mineral, não é da torneira, é uma água que está mal guardada. Ele pega essa água contaminada e faz o gelo. No momento em que faz o suco natural, seja bem feito ou mal feito, ele coloca o gelo contaminado e acaba contaminando também o suco", conta o infectologista Jorge Amarante, explicando a possível forma de contágio do vírus.

O vírus pode atingir cérebro, fígado, pâncreas, intestino ou até causar erupções na pele. O paciente pode ter vômito, diarréia e febre, hepatite ou meningite. Os sintomas podem durar até 15 dias. "É uma doença chatinha. Felizmente, não fatal. Mas é uma doença que abate o indivíduo", afirma Amarante.

Pessoas com suspeita da doença lotaram o pronto-socorro de Mongaguá, a 89 km da capital paulista, nos últimos dias. Para tentar fugir do vírus, é preciso ficar atento às condições de higiene das barracas na praia. O ideal é dar preferência a produtos industrializados e, sempre que possível, levar água mineral de casa.

Em nota, a Secretaria de Saúde informou que não existe uma estatística do número de casos de Enterovirose. É que os hospitais não são obrigados a notificar os casos.

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