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Saúde

Vírus importado preocupa médicos

O Ministério da Saúde determinou o aumento das ações de vigilância e prevenção da febre de chikungunya, uma doença que até agosto nunca havia sido registrada no país. Desde então, três casos foram confirmados.

Os pacientes contraíram a doença em viagens ao exterior. Dois são de São Paulo e um do Rio de Janeiro. Todos tiveram boa recuperação. Assim como a dengue, a febre de chikungunya é transmitida pelo Aedes aegypti contaminado por vírus. Há casos também de contaminação provocada pelo mosquito Aedes albopictus.

Não há registro de circulação do vírus da doença nas Américas. Mesmo assim, o Ministério da Saúde avalia ser importante reforçar a vigilância, sobretudo diante do fato de o país apresentar grande quantidade de criadouros do mosquito. "Seria irresponsabilidade dizer que há risco zero de surto", afirmou o coordenador do Programa Nacional de Controle da Dengue do Ministério da Saúde, Giovanini Coelho. "Mas não há necessidade de alarme nem preocupações. Tivemos três casos importados, os pacientes tiveram boa evolução e as medidas de prevenção e controle foram aplicadas de maneira oportuna."

A doença provoca febre alta, dores de cabeça, mal-estar e dores nas articulações. Parte das pessoas infectadas desenvolve a forma crônica da doença, caracterizada por fortes dores nas articulações, que duram entre seis meses a um ano. "Há casos de pacientes que não conseguem escrever", conta Giovanini. Menos de 1% dos pacientes morre.

Histórico

O primeiro foco da doença foi registrado na Tanzânia, na década de 1950. A partir de 2004, vários registros de surtos foram identificados, sobretudo na África e no sudoeste Asiático. Um surto também foi confirmado na Itália. "Nosso esforço é não deixar a doença se alastrar. Identificar rapidamente eventuais casos importados, isolá-los e tomar as medidas de prevenção." Para isso, o ministério usará a estrutura já existente para dengue.

Os casos confirmados no Brasil já foram notificados para a Organização Mundial da Saúde. Dois deles (um homem de 41 anos do Rio e outro de 55 anos, de São Paulo), apresentaram os sintomas depois de uma viagem para Indonésia. A terceira paciente, uma paulista de 25 anos, esteve na Índia.

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