Foz do Iguaçu - Depois de três anos de consecutivas altas no principal termômetro do turismo na fronteira, o número de visitantes no Parque Nacional do Iguaçu em 2006 acabou 12% menor que o recorde do ano passado. Mesmo assim, o número de 954.039 turistas no parque é considerado alto, e foi superado apenas em cinco ocasiões desde que o movimento começou a ser medido pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
Para que o número de entradas na reserva em 2006 se igualasse aos 1.084.239 visitantes em 2005, o ano passado deveria ter pelo menos 13 meses e ainda contar com um período generoso como janeiro, o mais movimentado e o único acima da marca dos 100 mil turistas, com 129.373 entradas. Dezembro, tradicionalmente o quinto mês de maior fluxo, passou à terceira posição em 2006, com 93.547 registros.
Os brasileiros somaram 386.475 visitantes, sendo 56.603 usuários do Passe Comunidade, benefício cedido aos 14 municípios do entorno do parque. Entre os estrangeiros, destacam-se os argentinos (171.102), com quem o Brasil divide o atrativo natural, e os espanhóis (54.399), que em dezembro ocuparam a segunda colocação no ranking de visitantes, depois apenas dos turistas nacionais. Do outro lado da fronteira, o Parque Nacional Iguazú acumulou 922.327 turistas em 2006, cerca de 10 mil a mais que em 2005.
A baixa se explica pelo panorama político e econômico mundial. A Copa do Mundo na Alemanha, a valorização do Real e as eleições foram alguns dos ingredientes que interferiram diretamente no turismo. A estiagem que atingiu o Paraná entre março e setembro, secando os 275 saltos das cataratas, e a crise da Varig, incrementada pelo apagão nos principais aeroportos do país, ajudaram a enfraquecer o setor.
Para a gerência geral da concessionária Cataratas do Iguaçu S.A. responsável pela estrutura de visitação e transporte no interior da reserva , mesmo menor, o fluxo de turistas e moradores da região manteve os índices estimados para o ano. Para 2007, a estimativa é de que haja uma pequena retomada no crescimento, em torno de 5% a 10%. O turismo de aventura, aliado a algumas melhorias no serviço de recepção e infra-estrutura, está entre os motes das estratégias de divulgação tanto no Brasil como no exterior.
Três projetos devem ser concretizados ainda no primeiro semestre, tendo início previsto já em janeiro: a efetivação do jantar da Lua Cheia durante todo o ano com a segunda edição agendada para sexta-feira , a realização da Meia-maratona das Cataratas, em julho; e a construção do Espaço Tarobá (mirante e lanchonete no meio da trilha), a partir deste mês. Os investimentos contam com a aprovação do Ibama.
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