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A vistoria que está sendo feita pelo 2.º Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo de Curitiba (Cindacta II) no Aeroporto Regional de Maringá não confirmou, até o momento, as denúncias que pesam contra a Nordeste Linhas Aéreas. A empresa, que opera o sistema de balizamento da pista, é acusada de desligar as luzes de propósito para dificultar pousos da companhia aérea Trip. A atitude seria uma retaliação contra a Trip, que estaria devendo R$ 450 mil para a Nordeste.

"Até agora não encontramos nada de diferente", comenta o capitão-aviador e chefe da Comunicação Social do Cindacta II, Leonardo Mangrich. Segundo ele, a vistoria deve acabar hoje. Mangrich ressalta que o Cindacta II não foi comunicado oficialmente sobre os supostos problemas e que o centro tomou iniciativa ao saber das denúncias pela mídia.

Assembléia

A Comissão de Transportes da Assembléia Legislativa do Paraná também faz uma avaliação do aeroporto maringaense. Quatro deputados estaduais estiveram em Maringá na sexta-feira, reunidos com representantes da Nordeste e da Trip.

O presidente da comissão, deputado Marcelo Rangel (PPS), diz que a votação da comissão será hoje à tarde e que o relatório estará pronto amanhã para ser enviado às autoridades aeronáuticas nacionais. "Aconteceu um problema muito grave que colocou em risco a vida dos passageiros", diz Rangel. Os deputados avaliaram preliminarmente que não haveria funcionários da Nordeste na torre do aeroporto para orientar o piloto da Trip num vôo do dia 12 de setembro.

Até o mês passado, o balizamento do aeroporto podia ser operado tanto pela Nordeste como pela administração do aeroporto. O episódio com um avião da Trip, porém, mudou a situação. O vôo com 38 passageiros e cinco tripulantes foi obrigado a sobrevoar a cidade por cerca de 40 minutos, já que as luzes da pista estavam apagadas. O avião só conseguiu pousar depois que as luzes foram acessas. Depois disso, o balizamento ficou a cargo exclusivo da administração.

Agora, o sistema é deixado ligado 15 minutos antes do pôr-do-sol – por volta de 18h30 nos últimos dias – até 15 minutos depois do último vôo, à 1 hora. As luzes podem ser acessas na madrugada caso haja alguma emergência ou haja solicitação de um vôo não comercial.

Pedido

A administração do aeroporto maringaense é feita pela prefeitura por meio do grupo Terminais Aéreos de Maringá SBMG, que pretende assumir os serviços de orientação. O pedido já foi encaminhado para a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) há quatro meses, mas ainda não há resposta. A administração do aeroporto afirma ter todas as condições de operar o sistema.

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