O artista plástico Ruben Esmanhotto, de 60 anos, foi sepultado às 13 horas de ontem no Cemitério Municipal de Curitiba. O pintor morreu na tarde de domingo, depois que a moto que ele conduzia colidiu contra um ônibus de transporte coletivo, no cruzamento das ruas Emiliano Perneta e Brigadeiro Franco, no centro da capital.
Dezenas de pessoas, entre familiares, amigos e colegas de profissão compareceram ao velório do pintor, que começou por volta das 9 horas. Inicialmente, o sepultamento estava previsto para as 15 horas, mas, por causa das condições do corpo, foi adiantado para as 13 horas.
Esmanhotto havia acabado de lançar um livro em comemoração aos seus 40 anos de trabalho como artista plástico. Nomeada de O Momento Suspenso, a obra é considerada uma retrospectiva de todo o trabalho do artista, e traz as peculiaridades da paisagem urbana fundidas a um ar de introspecção e mistério, as características mais relevantes de seus quadros. Em entrevista à Gazeta do Povo na semana passada, o pintor havia adiantado a vontade de preparar, ainda neste ano, uma exposição individual.
"Perdemos um grande artista. Rubinho tinha um potencial enorme e era, sem dúvida, um pintor consagrado, conhecido em todo o país", descreveu Sérgio Cabral, amigo de Esmanhoto. "A cor da paleta dele vai fazer falta na pintura paranaense", completou.
Tragédia
O acidente que vitimou Ruben Esmanhotto ocorreu por volta das 13h30 de domingo. O artista plástico foi socorrido e encaminhado ao Hospital Evangélico, mas não resistiu e morreu às 15h40, segundo a assessoria de imprensa do Hospital Evangélico.