Cerca de 300 pessoas participaram do funeral da ex-líder do movimento negro de Londrina Vilma Santos de Oliveira, a Yá Mukumby, na manhã de ontem. Ela e outras três pessoas foram assassinadas pelo maquiador Diego Ramos Quirino, 30 anos, na noite de sábado.

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Para ativistas, o crime pode ter tido cunho religioso. O militante do movimento negro José Mendes de Sousa disse que se assustou com a quantidade de imagens religiosas quebradas no local do crime. "Não tinha mais nada fora de lugar. Só as imagens. Pode ter sido um caso de intolerância religiosa", apontou. Sousa questionou o trabalho da perícia, que considerou mal feito. "O delegado não ouviu todo mundo que estava lá na casa."

Os corpos de Yá, da mãe dela e da neta chegaram ontem ao Cemitério Jardim da Saudade às 10h30. O enterro foi realizado após a uma cerimônia religiosa de candomblé, que terminou com uma grande salva de palmas. Sob forte emoção, um membro do movimento negro declarou que sentia "a felicidade de enterrar uma ancestral".

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