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O engenheiro Eduardo Marinho de Albuquerque, de 54 anos, corria na ciclovia quando as ondas destruíram o trecho em que ele estava. Ele foi uma das vítimas fatais do desabamento de parte da Ciclovia Tim Maia na quinta-feira (21). O capitão-médico da Aeronáutica João Ricardo Tinoco, cunhado de Albuquerque, contou que o engenheiro gostava de se exercitar ali por causa da bela vista para o mar.

“Era um dia de lazer, de sol, de contemplar a natureza, e a desgraça surge no caminho de quem só queria o bem. É inadmissível”, desabafou Tinoco na praia de São Conrado, onde os corpos foram deixados por guarda-vidas do Corpo de Bombeiros, que os recolheram no mar.

Albuquerque morava em Ipanema e corria de casa até o Leblon para chegar então à ciclovia – um trajeto comum entre pessoas adeptas da corrida e que vivem na região. A mulher dele, Eliane, médica, soube do desabamento pela televisão e desconfiou que o marido poderia estar entre as vítimas. Ao ver o corpo na praia, ela se desesperou e se agarrou ao cadáver na areia, inconformada. O casal tem um filho de 15 anos.

Até o início da noite de ontem, a segunda vítima do acidente ainda não havia sido identificada. Buscas por uma terceira possível vítima do desabamento seguiram até às 19h, quando as lanchas das equipes de resgate suspenderam as buscas.

15 segundos

O consultor Guilherme Miranda viu a pista desabar segundos depois de passar pelo local. “Não morri por 15 segundos. Vi três pessoas caindo em direção ao mar. Eu fiquei apavorado”, disse .

O manobrista Gerson Magalhães também pedalava pela ciclovia, no sentido de São Conrado, pouco antes do desabamento. “Como o mar estava agitado dava para sentir a ciclovia tremer.”

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