A polícia de Rio Bonito, na Baixada Litorânea do estado, investiga um roubo na Fazenda Nossa Senhora da Conceição, que pertencia ao milionário Renné Senna, ex-trabalhador rural que ganhou R$ 52 milhões em um sorteio da Mega-Sena e foi assassinado a tiros em 2007.

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Segundo informações da 119ª DP (Rio Bonito), o roubo foi registrado na quarta-feira (24) por Adriana Almeida, que ficou conhecida como a viúva da Mega-Sena e é acusada de ser a mandante do crime.

De acordo com o delegado Nilton Silva, Adriana registrou na delegacia que foram levados eletrodomésticos - incluindo uma geladeira, um freezer e um frigobar - além de uma TV, roupas e um quadriciclo que o milionário, que era deficiente físico, usava para se locomover.

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Segundo o delegado, já foi feita perícia no local, onde foram encontrados apenas um par de chinelos grandes e uma lanterna. Ainda não há suspeitos do crime. Adriana chegou a estimar o prejuízo em R$ 70 mil, mas o valor não foi registrado na ocorrência.

"Seria necessário um caminhão ou um carro bem grande para transportar o que ela relatou ter sido roubado", disse o delegado.

Adriana disse à polícia que mora na fazenda, onde teria passado o carnaval, mas que não estava indo com frequência ao local porque haveria problemas de água.

Justiça revogou prisão de viúva em 2009

Em novembro de 2009, a Justiça revogou a prisão de Adriana Almeida, após sua defesa fornecer outros endereços em que ela podia ser localizada. Adriana já tinha ficado presa durante mais de um ano, acusada de ser a mandante da morte do marido, sendo solta em junho de 2008.

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Acusados de cúmplices, Anderson Souza e Ednei Gonçalves foram condenados a 18 anos de prisão por participação no crime.

Além de Adriana, sua amiga Janaína de Oliveira, que é mulher de Anderson, Ronaldo Amaral de Oliveira e Marco Antônio Vicente ainda não foram julgados e respondem ao processo em liberdade.

Como foi o crime

Renné Senna, ex-trabalhador rural, ganhou R$ 52 milhões em um sorteio da Mega-Sena em 2005. Ele foi assassinado a tiros em janeiro de 2007 na porta de um bar em Rio Bonito, Baixada Litorânea do Rio.

Segundo a denúncia do Ministério Público, o crime foi encomendado pela viúva do milionário, Adriana Ferreira Almeida, e teria envolvido mais três pessoas: o cabo da Polícia Militar Marco Antônio Vicente, o sargento Ronaldo Amaral de Oliveira e a professora de educação física Janaína Silva de Oliveira, mulher de Anderson de Souza, ex-segurança da fazenda, acusado de ser o autor dos disparos. Os três, porém, entraram com recursos e ainda não têm data prevista para serem julgados.

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De acordo com a polícia, o crime teria sido motivado pelo medo da viúva de perder os 50% da fortuna do milionário. Quatro dias antes do crime, Renné, em consulta habitual ao gerente do banco, descobriu que Adriana havia sacado R$ 300 mil da conta conjunta do casal para comprar uma cobertura em Arraial do Cabo, na Região dos Lagos do Rio. Durante as investigações, policiais chegaram até o motorista de van Robson de Andrade Oliveira, que admitiu ser amante de Adriana, além de informar que a ex-cabeleireira planejava ir morar com ele na tal cobertura.