Com 12 filhos e 58 netos, Maria Fagundes Correia comemorou 110 anos de idade neste sábado (13). Ela é a matriarca de uma família grande e unida, com 97 bisnetos, 30 tataranetos e uma criança da quinta geração que chegou para completar o clã. Para celebrar a data, os familiares da “Vó Maria” estão reunidos na casa dela, no bairro Santo Inácio, em Curitiba.
“Isso aqui não é nem metade da família”, brinca a centenária. Sentada na sala, rodeada de gente, só o que incomoda é o frio da capital do Estado, aplacado com uma manta de oncinha. “E tem a minha perna também que agora está meio boba”, ironiza.
Maria Correia nasceu em 13 de agosto de 1906. Embora tenha sido registada na cidade de Clevelândia, no sudoeste do Paraná, ela seria natural de Joaçaba, em Santa Catarina. “Antigamente era assim: as pessoas nasciam em um lugar e só eram registradas depois”, explica Elso Fagundes Correia, filho caçula de Dona Maria.
Dos 12 filhos, quatro já são falecidos. “A última morreu faz um ano”, lembra a centenária. A saudade é inevitável, mas a falta dos que já se foram é amenizada por tantos outros que rodeiam a idosa e se orgulham de serem descendentes dela.
“É emocionante. Não existe uma forma de expressar com palavras o que nós sentimos”, relata Gabrielle de Liz, de 16 anos. A moça é bisneta de Dona Maria. Já a nora dela, Sandra Correia, fala sobre a qualidade da vida da sogra. “Ela é saudável, lúcida, calma. É um grande privilégio”.
A “Vó Maria” se mudou com a família para Curitiba em 1976, em busca de uma vida melhor. Até então, a rotina dela era viver com as mãos na terra. “Eu trabalhava na roça pra criar os filhos”, recorda. Na capital, Maria criou os filhos e fincou raízes, e nunca mais foi embora. O marido dela, Antônio Correia de Almeida, sapateiro, faleceu em 1991, aos 82 anos de idade.
A centenária é filha de Antônio Fagundes Correia que, segundo familiares, chegou aos 120 anos, e Maria Fidelis Correia. A atualização mais recente da carteira de identidade dela data de 30 de novembro de 1979. “A gente se alimenta normalmente, não tem segredo. Talvez a mágica esteja no fato de que nós somos muito felizes”, esclarece a bisneta Ariele Correia.
O filho mais velho de Dona Maria é João Fagundes Correia, de 83 anos. Para ele, ter fé é essencial. “Deus é quem traça o tempo de cada um. Nós temos que ser bons uns com os outros que a recompensa sempre vem”. Só de casamento, ele já acumula 62 anos. Ao lado dele, a esposa – que tem o mesmo nome da mãe – fala sobre virtudes. “Ela sempre lutou por nós. É uma guerreira e, por isso, ganhou de presente essa vida tão longa e bonita”.
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