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TRÂNSITO

Volta às aulas muda rotina e exige paciência do motorista

Uma "multidão" de mais de 400 mil estudantes está prestes a voltar a ocupar as salas de aula de Curitiba e movimentar a rotina da cidade. Até o fim do mês, a maioria das escolas de educação básica, fundamental ou ensino médio volta a funcionar e pais que aproveitaram as férias com filhos retomam o trabalho. Não é apenas quem estava de folga que vai perceber a chegada do fim da temporada de verão: só no trânsito, nos horários de entrada e saída dos colégios, o aumento de fluxo de veículos chega a 25% na capital, de acordo com o Batalhão de Polícia de Trânsito (BPTran).

Quando os filhos estão em aula, os 90 minutos de almoço da bancária Vera Cristina Orlandini, de 40 anos, são praticamente cronometrados. Para ir do trabalho, no centro da cidade, até em casa, no Boa Vista, ela gasta cerca de meia hora. Neste mesmo período de tempo ela tem de deixar o filho Mateus, de 9 anos, na escola e voltar ao trabalho. "Na meia hora que eu fico em casa, eu almoço com eles (ela também tem uma filha de 13 anos, Ana Paula, que o marido leva para escola de manhã), checo se está tudo bem e providencio alguma necessidade de última hora, como um presente de aniversário para colegas da escola, por exemplo", enumera.

Apesar da rotina corrida, ela e marido, o gerente de pré-impressão Paulo César Nieheus, não se queixam. "É uma correria que dá certo, mas é preciso negociar as tarefas", diz ele, encarregado de levar a filha para a escola, no caminho do trabalho, e buscar o filho no fim da tarde. Vera acredita que os horários de aula geram um compromisso positivo para a família. "Quando eles estão em aula, eu raramente almoço fora de casa. Já nas férias, acabo ficando com preguiça de enfrentar o trânsito", explica. Os filhos do casal estão empolgados com o início das aulas. "Todo material está comprado e eles já começaram a retomar a rotina de horários, para se adaptar. Eles estão na expectativa de rever os colegas e conhecer os professores novos", conta a mãe.

A balconista Janete Scheubauer, de 34 anos, também não se queixa da movimentação que a volta às aulas gera. Ela trabalha em uma casa de doces, na Rua Bispo Dom José, próxima a três escolas. "Fechamos por 40 dias porque não tinha movimento", conta. A volta às aulas vai mudar o cenário: nos horários de entrada e saída dos alunos, o trânsito congestiona e as calçadas e pontos de ônibus ficam lotadas. "As mães já vêm estressadas, não param de buzinar e as crianças adoram fazer bagunça, falar alto. É enlouquecedor, mas acaba sendo divertido", avalia Janete.

Rotas

Quem não tem paciência nem obrigação de passar em frente às escolas nos horários de embarque e desembarque de alunos deve evitar, em Curitiba, passar por alguns trechos das ruas Treze de Maio, Bispo Dom José, Fernando de Noronha e Visconde de Guarapuava. Entre 11h30 e 12h30 e por volta das 17 horas, elas estão entre as que têm maior movimento de pedestres e pais que buscam os filhos de carro, informa a chefe do núcleo de educação e cidadania da Diretran, Maura Moro. "Em todas as escolas municipais (169) os guardas orientam a travessia, e nas 65 escolas particulares há pessoas treinadas para ajudar. Em alguns casos são colocados cones para organizar uma canaleta só para os pais. Isso facilita para o pessoal da escola e melhora o tráfego, mas não evita uma certa lentidão", alerta Maura. Escolher vias alternativas também é a orientação do coronel Irineu Ozires Cunha, comandante do BPTran. "Se não tem outra opção, o ideal é manter a calma", resume.

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