Em um dia praticamente sem chuva sobre os principais mananciais de São Paulo, todos os reservatórios sofreram uma redução no volume de água armazenado. A informação consta do relatório da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) deste sábado, 18.
Responsável por abastecer 5,2 milhões de pessoas, o volume armazenado do Cantareira caiu de 19,3% para 19,2% da capacidade entre sexta-feira e hoje, de acordo com índice tradicional da Sabesp. O valor considera duas cotas de volume morto, de 182,5 bilhões de litros e de 105 bilhões de litros de água, adicionadas no ano passado.
No cálculo negativo do sistema, o Cantareira manteve-se em -10%, como no dia anterior. Esse indicador mostra que ainda não foi possível reconquistar o volume útil, ou seja, a água que pode ser utilizada sem bombeamento. Esse dado passou a ser divulgado em abril por ordem judicial. De acordo com um terceiro cálculo, o volume também se manteve estável e segue com 14,9%, como ontem.
Não choveu sobre a região nas últimas 24 horas e, neste mês, a pluviometria tem ficado abaixo do esperado para o período. Foram 21,9 milímetros no valor acumulado até o dia 18, sendo que a média histórica para o mês inteiro é mais do que o dobro disso (50 mm).
Outros mananciais
Responsável por atender o maior número de pessoas na capital e Grande São Paulo (5,8 milhões), o volume armazenado no Guarapiranga caiu pelo quarto dia consecutivo. Os reservatórios que compõem o sistema somavam hoje 78,0% ontem - 0,2 ponto porcentual a menos do que no dia anterior, quando estava com 78,2%.
Em crise, o Alto Tietê teve queda de 0,1 ponto porcentual e a capacidade armazenada de água chegou a 19,4%. O índice considera um volume morto de 39,4 bilhões de litros de água, acrescentado no ano passado.
O Sistema Alto Cotia também sofreu uma redução. O manancial está com 65,2% da capacidade, ante 65,3% no dia anterior. O volume armazenado do sistema Rio Grande caiu de 91,4% para 91,1%. O sistema Rio Claro teve uma queda de 0,1 ponto porcentual para 72,6%.