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Um dos voluntários cubanos que viajou para a Guiné como parte da brigada enviada ao país para lutar contra o ebola, acabou contraindo malária e morreu no último domingo.

Juan Guerra Rodríguez, de 60 anos e formado em Economia, chegou à Guiné no dia 6 de outubro e não resistiu à doença, morrendo em razão de uma "complicação cerebral", indicou nota do Ministério de Saúde Pública (Minsap) de Cuba, divulgada nesta segunda-feira.

Segundo o comunicado, por sua função econômica no grupo, ele nunca esteve em centros de tratamento de ebola ou em contato com doentes. Apesar disso, dois testes, ambos com resultado negativo, foram realizados para verificar a presença do vírus.

Rodríguez começou a apresentar diarreia no dia 22 deste mês. O sintoma foi relacionado a um transtorno alimentício. No dia seguinte, ele foi atendido no hospital de Donka, onde foi tratado no ambulatório com antibióticos, hidratação e dieta,

Dois dias depois, ele começou a manifestar sinais de agravamento da doença, que indicavam uma possível contaminação por malária. Por isso, ele foi transferido a outra clínica, onde passou a receber tratamento específico contra a doença e o diagnóstico foi confirmado, explica a nota.

A saúde do voluntário cubano piorou na madrugada de domingo, "evoluindo para uma falha múltipla dos órgãos e posterior morte", informou o comunicado.

Rodríguez trabalhou por mais de 30 anos na direção de Saúde da província central cubana de Sancti Spíritus, já foi enviado ao Mali, e, de maneira voluntária, se ofereceu para integrar o grupo de colaboradores que partiu em direção à África.

O governo de Cuba ofereceu 461 voluntários para contribuir na luta contra o ebola em Serra Leoa, Libéria e Guiné, os três países mais afetados pela epidemia iniciada em março.

No início de outubro, um grupo de 165 voluntários sanitários chegou a Serra Leoa. Na semana passada, outros 83 médicos e enfermeiros cubanos aterrisaram na África, 49 direcionados à Libéria e outros 34 para Guiné.

A contribuição de Cuba na luta contra o ebola na região foi elogiada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e pelo próprio secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, que qualificou a ajuda como uma "resposta extraordinária".

Já são mais de 10.141 infectados pelo ebola, sendo 4.922 mortes, segundo os dados da OMS.

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