Com a temperatura perto dos 10 graus na manhã deste sábado (4), moradores de rua e famílias carentes de Ponta Grossa, nos Campos Gerais, puderam levar para casa roupas e calçados doados por voluntários da campanha mundial The Street Store. O projeto promove uma espécie de “loja grátis” de roupas em espaços públicos, e vários municípios brasileiros já aderiram. Em Ponta Grossa, esse foi o segundo evento ligado à campanha. Segundo a Secretaria Municipal de Assistência Social, há 212 pessoas em situação de rua cadastradas na cidade – o dado inclui apenas as que buscam os serviços de apoio da prefeitura.
Homem agride equipe de reportagem da Rede Massa em Ponta Grossa
Jornalistas cobriam ação voluntária de distribuição de roupas para moradores de rua
Leia a matéria completaEm campanha nas redes sociais, os voluntários arrecadaram cerca de cinco mil peças de roupas e calçados, que ficaram pendurados em varais montados na praça Barão de Guaraúna, no centro. Nas primeiras horas do evento, duas mil peças já haviam sido levadas. O morador de rua Luiz Alberto dos Santos pegou roupas para a família, que mora no bairro de Uvaranas. “Isso é muito bom, ajuda o povo. Tem muita gente que precisa”, diz. Aproximadamente 50 famílias foram atendidas só durante a manhã.
Além de expor e doar as peças nas ruas, a principal vantagem dessa iniciativa é dar às pessoas a oportunidade de escolher o que querem levar, de acordo com suas necessidades. A campanha não atendeu só moradores de rua. Luciana Duarte, que foi com a sobrinha escolher algumas roupas e acabou levando 12 peças, mora em Uvaranas com a família. “Achei muito acolhedor, porque não é todo mundo que pensa na gente. O que não servir para nós fica com outros que precisam”, diz.
A organizadora do evento, Daniele Nabozny, teve a ideia ao ver um vídeo da campanha The Street Store, no Facebook. “Muita gente tinha roupas guardadas para doar e esperava uma oportunidade”, diz. Segundo ela, um homem atendido pela manhã vestiu as roupas novas que escolheu e deixou no varal as que estava usando. “Ele disse ‘Agora não preciso mais, vou deixar para outro’. Isso é muito gratificante”, conta.
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