Um grupo de pelo menos cem voluntários está dando exemplo de solidariedade nesta sexta-feira (25) em Curitiba. Eles se juntaram para oferecer um almoço de Natal para moradores de rua e integrantes de uma comunidade indígena, que fica próxima ao viaduto do Capanema, na capital. Cerca de 250 pessoas participam do almoço e de outras atividades durante a tarde.
A ideia surgiu de uma simples conversa, há um mês, entre os empresários Fernando Kuwahara e João Ricardo Rocha, e a cozinheira Hannah Lima. Eles atuam em uma empresa social e resolveram se juntar a ideia de Hannah de cozinhar para moradores de rua. Os voluntários conseguiram reunir diversos parceiros, como empresas e órgãos públicos, além de várias outras pessoas dispostas a ajudar.
Assim, a ideia de um almoço improvisado, para poucas pessoas, em uma praça da cidade acabou se transformando em um verdadeiro banquete em um ginásio de esportes cedido pela prefeitura. “As coisas aconteceram muito rápido e tomando proporções maiores. Isso só reflete o que os voluntários fizeram, sem eles, não teríamos feito nada disso”, diz Fernando.
Além da refeição, estão programadas atividades recreativas no período da tarde, como contação de histórias, apresentações musicais, sessão de cinema e distribuição de presentes pelo Papai Noel. Também foi montado um bazar beneficente de roupas no local.
Moacir Coral, que estava há dois anos em situação de rua, e agora vive num abrigo da Fundação de Ação Social (FAS), foi um dos beneficiados com a ação. “O Natal é sempre uma época muito difícil, por dois anos eu não soube o que era Natal, agora estou tendo um Natal de verdade”, diz.
Coletivo do bem
“Temos o sentimento de que tudo pode acontecer, de que, juntos, podemos fazer tudo e fazer o bem”, resume Hannah. Com a ajuda de outros voluntários, ela foi a mestre na cozinha. No cardápio, peru assado recheado, porco assado, talharim com molho de queijo, arroz à grega, várias saldas, batata marinada, além de diversas sobremesas.
“O que mais nos motivou foi a simplicidade da ideia de fazer um almoço e proporcionar um dia de Natal para quem não tem oportunidade”, explica João. “O que é legal é ver tanta gente envolvida, porque todo mundo nos fala que gostaria de ajudar mais, mas não sabe como ou não tem tempo. Então, de alguma forma, estamos ajudando as pessoas a ajudarem”, diz Fernando, que espera que, do almoço, sujam novas iniciativas.
Marlon Junior, que vive em um abrigo da FAS, também espera novas ações como essa. “Todo mundo precisa disso”, diz. Para ele, o evento significa também um “empurrão” para quem quer seguir um novo caminho. “Têm muitas pessoas que necessitam de ajuda, mas algumas só precisam desse empurrão”, avalia Junior, que também cobrou por maior atuação dos órgãos públicos.
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