Após a morte da empresária Regina Murmura, assassinada, no sábado passado, ao entrar por engano numa favela em Niterói quando seguia orientação do aplicativo de trânsito Waze, o serviço informou que está estudando maneiras de alertar os motoristas para trajetos que passem por áreas perigosas. Para isso, executivos da empresa já se reuniram, na quarta-feira, com autoridades de segurança do Rio no Centro Integrado de Comando e Controle, na Cidade Nova.
A Secretaria de Segurança disse que indicou aos representantes do Waze o site do Instituto de Segurança Pública. Segundo o subsecretário de Comando e Controle, Edval Novaes, as estatísticas de criminalidade podem contribuir para o aperfeiçoamento do aplicativo.
Entre os representantes do Waze, estava a diretora de Operações Di-Ann Eisnor, que, no dia anterior, participara de um seminário internacional de mídia e comunicação. Segundo o site Meio&Mensagem, que realizou o evento, Di-Ann destacou que muitas pessoas moram em comunidades e que o aplicativo não poderia omitir os caminhos que levam a esses lugares. “Sabemos que lidamos com situações sociais complicadas, mas temos que dar as respostas e começaremos a fazer isso amanhã (quarta-feira)”, disse ela no seminário.
Viúvo critica
A empresária Regina Murmura estava ao lado do marido, Francisco Murmura, que dirigia o carro, quando foi morta. O casal pretendia ir para a Avenida Francisco Bocaiuva, em São Francisco. Mas acabou seguindo para a Rua Francisco Bocaiuva, na Favela do Caramujo, a cerca de oito quilômetros de distância. Quando os dois entraram na comunidade, foram atacados a tiros por traficantes.
Durante a semana, Francisco fez duras críticas ao aplicativo. Nesta sexta-feira, chamou de “demagogia” o encontro da empresa com autoridades de segurança.
“Isso tudo é conversinha para tapar o sol com a peneira”, desabafou, ainda abalado. “Minha intenção é evitar que outras pessoas sofram o que estou sofrendo hoje. Acabaram com a minha família”.
A prefeitura do Rio mantém, desde julho de 2013, uma parceria com o Waze para monitorar o trânsito da cidade. Ela recebe em tempo real as informações passadas pelos usuários do aplicativo. Já o Waze recebe da prefeitura informações sobre vias bloqueadas, para atualizar seus dados.
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