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"A Beleza de Matar Fascistas"

Deputada pede que escola cancele peça que sugere violência e relaciona direita ao fascismo

Peça, que vincula o fascismo à extrema-direita", conta história de família que mata “fascistas” (Foto: Reprodução Colégio Santa Cruz)

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A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) afirmou nesta quinta-feira (16) que oficiou o Colégio Santa Cruz, em São Paulo, para cancelar a apresentação da peça de teatro "Catarina e a Beleza de Matar Fascistas". A apresentação está marcada para esta sexta (17) e será feita por estudantes do ensino médio da instituição. Segundo Zambelli, “o espetáculo relaciona, diretamente, os eleitores da direita ao movimento político fascista”.

“Oficiamos o Diretor Geral do Colégio Santa Cruz de São Paulo para que cancele a apresentação da peça ‘Catarina e a Beleza de Matar Fascistas’, programada para 17/11, já que o espetáculo relaciona, diretamente, os eleitores da direita ao movimento político fascista”, disse a parlamentar nas redes sociais.

O evento, divulgado pelo colégio nas redes sociais, conta a história de uma família que tem a tradição de matar "fascistas" e vê, em 2028, a “extrema-direita” vencer as eleições. A peça é baseada no texto do dramaturgo português Tiago Rodrigues. "O texto incentiva o pensamento crítico dos alunos sobre a importância da não violência na defesa da democracia", disse o colégio sobre a obra.

"Há lugar para a violência na luta por um mundo melhor? A democracia tem suas próprias ferramentas para se defender? Estamos no ano de 2028. A peça propõe uma distopia em que a extrema-direita venceu as eleições. A partir deste fato, acompanhamos a trajetória de uma família que, há gerações, mata fascistas”, diz um trecho da sinopse da peça.

“Em uma tradição antiga, a família reúne-se em uma casa no campo, uma antiga e afastada propriedade rural. Uma das jovens da família, Catarina, vai matar o seu primeiro fascista, raptado para esse fim. É um dia de festa, de beleza e de morte. No entanto, Catarina é incapaz de matar ou recusa-se a fazê-lo, quebrando a tradição. Irrompe o conflito familiar, acompanhado de várias questões éticas", finaliza a postagem da instituição sobre a sinopse do espetáculo.

A Gazeta do Povo questionou o Colégio Santa Cruz sobre o pedido de Zambelli, mas até a publicação desta matéria a instituição não retornou. O espaço segue aberto para manifestações.

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