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"Zerar a criminalidade na região é humanamente impossível." Foi assim que o secretário de Segurança Pública, Luiz Fernando Delazari, definiu ontem a situação da região central de Curitiba, em especial a do Largo da Ordem, onde uma gangue e dois policiais militares foram flagrados pela TV Paranaense quando furtavam aparelhos de som de automóveis.

Delazari destacou que a Polícia Militar aumentou seu efetivo no Largo da Ordem e atribuiu a continuidade da atuação das gangues à cumplicidade entre policiais e ladrões. "Os policiais estavam comprometidos. Havia três, quatro ou cinco carros arrombados, era impossível que eles não soubessem. Eles (os policiais) estavam se locupletando com isso", afirmou.

Nenhum integrante do bando flagrado pela TV Paranaense foi preso. Segundo o comandante do Policiamento da Capital, coronel Avelino José Novakoski, o grupo atua há pouco tempo na região. "Eles são de bairros e estão lá há menos de um mês." Antes, segundo ele, havia três bandos na área. "Muitos foram presos, mas as queixas não foram registradas."

Hoje há 22 viaturas da PM e 90 policiais na região central. No Largo da Ordem há uma viatura e quatro motocicletas, além do efetivo que faz rondas a pé.

Segundo comerciantes, que preferem não ter os nomes revelados, as ruas mais problemáticas da região são a Duque de Caxias e a Trajano Reis. "Se eu vendesse vidro de carro, ficaria rico", ironizou um comerciante. "A calçada fica forrada de vidros quebrados e tem até poças de sangue", conta. As imagens da tevê foram feitas na Rua Duque de Caxias. Para flagrar a atuação das gangues e dos policiais, a equipe ficou 20 dias no local.

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