A Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta que o vírus zika deve chegar à Europa nos próximos dois meses, com um risco qualificado de “baixo a moderado”. O comunicado foi publicado na manhã desta quarta-feira (18) pela entidade com sede na Europa e aponta que os mais afetados devem ser os países do sul do continente, onde o Aedes aegypti está presente, entre eles Portugal e países no Mar Negro.
“As novas evidências nos mostram que existe um risco da proliferação do zika na Europa e que esse risco varia de país para país”, disse a diretora-geral da OMS na Europa, Zsuzsanna Jakab.
A entidade pede que governos preparem seus serviços de saúde, fortaleçam a capacidade de atendimento e que possam planejar atividades que possam prevenir o surto do vírus. Uma reunião será convocada para junho para permitir que uma estratégia regional seja estabelecida.
Se nenhuma medida for tomada para frear a transmissão, a OMS acredita que 18 países da Europa possam ser afetados de forma moderada pela doença. Isso representa um terço da região. Na Ilha da Madeira e na costa do Mar Negro, o risco seria “elevado”.
A entidade estima que, em locais com a presença de Aedes aegypti, existe uma “alta possibilidade” de transmissão do vírus. Nos 18 países citados como tendo “risco moderado”, o vetor seria o Aedes albopictus.
Para 36 países europeus, porém, o risco é “baixo ou inexistente” diante da ausência dos mosquitos ou de uma condição climática que impossibilita a transmissão.
Com mais de 50 países pelo mundo registrando casos de zika, a OMS já havia indicado que o vírus “não iria parar de viajar”. A entidade estima que pelo menos 41 países europeus estejam hoje preparados com “boa capacidade” para lidar com um eventual surto.
Ainda assim, a OMS recomenda uma série de medidas para tentar frear o surto. A prioridade deve ser o fortalecimento do controle de vetores para impedir a proliferação do mosquito e para reduzir sua densidade.
A entidade ainda pede que profissionais de saúde sejam equipados para detectar a transmissão do zika de uma forma precoce e para identificar rapidamente os locais de transmissão.
Segundo a OMS, serviços públicos precisam estar preparados para seguir os protocolos para transportar amostras de sangue para testes e que programas para alertar a população sejam estabelecidas.
Para as mulheres grávidas pela Europa, a OMS sugere o mesmo pacote de medidas em países latino-americanos: proteção, informação e a prática de sexo seguro para evitar contaminação.
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