A realização da tradicional caminhada dos zumbis no carnaval curitibano, a Zombie Walk, pode ser mantida no próximo domingo (26) caso empresários aceitem apoiar financeiramente o evento. A possibilidade de intervenção da iniciativa privada foi o principal assunto discutido durante uma reunião na Fundação Cultural de Curitiba (FCC), na manhã desta quarta-feira (22). O encontro, segundo os organizadores, aumentou as chances de que o grupo volte atrás e decida manter o evento. Se for mantida, a Zombie Walk deverá acontecer na Rua XV, mas com um trajeto menor. Uma definição sobre a realização, no entanto, só deve sair a partir desta quinta-feira (23).
Nesta terça (21), os organizadores anunciaram o cancelamento da caminhada – um evento independente no calendário curitibano – porque consideraram impossível cumprir com todas as determinações da prefeitura. Desde esse anúncio, no entanto, cinco empresários já se manifestaram sobre o anúncio, observa Wellington Soares, conhecido como Docca e um dos organizadores da Zombie Walk. A expectativa é que isso ajude a manter o evento de pé. Ainda não houve um contato formal com os empresários, mas a equipe que coordena a caminhada pretende começar a detalhar os compromissos já nesta quarta à tarde.
“É um evento que não gera lucro para ninguém. Mesmo assim apareceram essas pessoas dispostas a nos ajudar. A Fundação Cultural foi parceira no sentido de nos colocar em contado com essas entidades que ficaram sensibilizadas com toda essa situação”, explicou Docca. Segundo ele, o principal empecilho para a manutenção da caminhada continua sendo a determinação da prefeitura de que o evento arque com despesas de segurança privada, pagamento dos agentes de trânsito, limpeza e banheiros químicos. “Se essas exigências são novas ou antigas não sabemos. Mas foi isso que inviabilizou o evento”, disse.
Valores e contrapartidas
A organização da Zombie Walk ainda não definiu qual seria o valor necessário para cumprir com todas as premissas da prefeitura, mas afirmou que o valor está sendo calculado para facilitar o diálogo com os empresários. Os possíveis apoiadores ainda não anunciaram se vão exigir contrapartidas da organização.
“O que podemos adiantar é que o Estado não será onerado. Nessa reunião, o ponto positivo foi que a Fundação Cultural usou de sua influência institucional para que a gente possa se aproximar dessas pessoas dispostas a colaborar”, acrescentou Docca, logo após o fim da reunião.
O diretor de Ação Cultural da FCC, José Roberto Lanza, classificou como produtivo o encontro e disse que mantém a mediação entre os órgãos oficiais e a organização para que a caminhada não seja cancelada em definitivo. De acordo com ele, já ficou definido que, se ocorrer, a Zombie Walk será na Rua XV e não na Rua Marechal Deodoro, como havia sugerido a prefeitura anteriormente. Além disso, fundação e organizadores chegaram a um consenso de encurtar o trajeto: ao invés de seguir da Praça Osório até a Praça Nossa Senhora da Salete, a caminhada terminaria na Praça 19 de Dezembro.
Lanza afirmou ainda que não está totalmente descartado o apoio logístico da prefeitura em relação ao evento. “A prefeitura vai, na medida do possível, estudar suporte da Guarda Municipal, da Setran, da limpeza pública. Estamos mediando isso”, pontuou. Conforme o diretor, a FCC também deve, mais para frente, estudar a possibilidade de incluir o evento dentro de um conjunto de apoios estratégicos da entidade. Isso significaria, por exemplo, tornar mais ágil a execução da parte burocrática da Zombie Walk. “Essa proximidade com a gente diminui o tempo de organização deles”.
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